A cidade catarinense de São Joaquim, reconhecido polo produtor de maçã no Brasil, deu início oficialmente à safra nacional 2023/2024 neste sábado (24), em evento realizado no Parque Nacional da Maçã. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM) a previsão para a safra brasileira deste ano é de um leve crescimento em relação à anterior, com estimativa de colher mais de 1 milhão de toneladas. Santa Catarina responde por cerca de 85% da produção nacional.
Mesmo com os significativos desafios enfrentados pelos produtores devido às condições climáticas adversas, a expectativa é positiva. O setor de produção de maçãs desempenha um papel vital na economia regional, gerando empregos e renda, combinando práticas agrícolas empresariais e familiares. A pomicultura se destaca pela capacidade de fornecer frutas frescas ao mercado durante todo o ano, graças a avançadas tecnologias de frigorificação, que garantem a sua oferta e preservam as propriedades nutricionais.
Francisco Schio, presidente da ABPM, destacou a importância do evento em São Joaquim como o início de uma nova temporada de colheita e como parte dos esforços contínuos para o desenvolvimento sustentável e qualidade do setor frutícola. Durante a cerimônia, também foram assinados e entregues, em nome de todas as associações do setor de fruticultura, documento com os pleitos considerados fundamentais para o desenvolvimento sustentável dos produtores para a governadora de Santa Catarina em exercício, Marilise Boehm. “Precisamos dar condições para que os produtores, em sua maioria da agricultura familiar, possam ser competitivos, pois a maçã é fonte de renda para muitas famílias, parte importante do PIB do País e da manutenção da sucessão familiar no meio rural”, disse Schio.
O Brasil, com mais de 33 mil hectares dedicados à cultura da maçã, é o segundo maior produtor do Hemisfério Sul e o 15º no ranking mundial. A variedade Gala representa 60% da produção nacional, com Santa Catarina, especialmente o município de São Joaquim, desempenhando um papel fundamental nessa estatística, concentrando a produção em pequenas propriedades.
Aproximadamente 84% da produção tem origem na Serra Catarinense, onde 2.676 pomicultores cultivam a fruta. Cerca de 78% destes produtores são pequenos agricultores familiares, sendo uma cultura com forte e positivo impacto econômico e social, capaz de promover desenvolvimento regional e da qualidade de vida no meio rural, oportunizando, inclusive, a permanência da juventude no campo. Além de sua importância econômica, as maçãs brasileiras são reconhecidas por sua qualidade no mercado interno, onde a maioria das frutas consumidas são produzidas nacionalmente, e pelos seus benefícios nutricionais, que contribuem para a prevenção de doenças crônicas.