Produção industrial cai em nove dos 15 locais analisados pelo IBGE

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Por: Pedro Leal

12/05/2021 - 10:05 - Atualizada em: 12/05/2021 - 10:43

Em março, a produção industrial caiu em nove dos 15 locais analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). Os dados foram divulgados na noite desta terça-feira (11). Na comparação com fevereiro, os maiores recuos foram registrados no Ceará (-15,5%), no Rio Grande do Sul (-7,3%) e na Bahia (-6,2%). No mesmo período, a produção nacional teve queda de 2,4%.

Santa Catarina esteve também entre os locais com queda na produção industrial – no estado, o recuo foi de -1%, repetindo recuo registrado em fevereiro, de -1,7%. No entanto, entre maio de 2020 e janeiro deste ano, o estado registra crescimento constante – e até o final de março, o estado conta com a segunda melhor recuperação na pandemia, com recuperação de 9,8%, atrás apenas de Minas Gerais (11,3%). Além destes estados, também se recuperaram São Paulo (7,1%), Paraná (6,3%), Amazonas (1,4%) e Pernambuco (0,3%).

Segundo o IBGE, o recuo no Ceará foi o mais intenso desde abril de 2020, quando o indicador ficou em -35,2%. Na Bahia, foi registrada a terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 22,6%. A queda nesses dois estados teve influência dos setores de couros, artigos para viagens, calçados e bebidas. Na indústria gaúcha, os setores de veículos e de outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos, causando a segunda queda consecutiva e perda acumulada de 9,2%.

De acordo com o IBGE, o comportamento da indústria regional reflete o recrudescimento da pandemia da covid-19 no país, que levou os estados a adotarem medidas restritivas para conter o avanço do vírus. Também tiveram quedas maiores do que a média nacional o Rio de Janeiro (-4,7%), a Região Nordeste (-4,2%) e Pernambuco (-2,8%). Completam a lista dos locais com recuo na produção industrial em março o Mato Grosso (-2%), Santa Catarina (-1%) e Paraná (-1%).

O Amazonas teve o maior crescimento no mês (7,8%), após três meses com resultados negativos e perda acumulada de 16,6%. A alta foi puxada pelos outros equipamentos de transportes e pelas indústrias de bebidas. São Paulo apresentou taxa de 0,6%, a segunda maior influência positiva no mês, puxada pelos setores de derivados do petróleo e de veículos. Pará (2,1%), Goiás (1,6%), Espírito Santo (1,5%), Minas Gerais (1,7%) completam os locais que registraram crescimento em março.

Na comparação com março de 2020, o crescimento da indústria nacional foi 10,5%. Dos 15 locais pesquisados, dez tiveram resultados positivos no mês: Santa Catarina (36,5%), Amazonas (22,5%), Rio Grande do Sul (21%), São Paulo (16,0%), Minas Gerais (12,5%), Paraná (12,3%), Ceará (9,9%), Pará (8,1%), Pernambuco (7%) e Goiás (0,4%).

Tiveram queda na comparação anual a Bahia (-18,3%), o Rio de Janeiro (-4,8%), a Região Nordeste (-2,7%), o Mato Grosso (-1,7%) e o Espírito Santo (-1,4%).

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).