O primeiro dispositivo da Neuralink, companhia de tecnologia cerebral do bilionário Elon Musk, implantado em um paciente humano apresentou problemas mecânicos, informou a companhia nesta quinta-feira (9), em uma publicação em seu blog corporativo.
Nas primeiras semanas seguintes à cirurgia de implante, em janeiro, o paciente Noland Arbaugh, de 29 anos, alguns dos fios de eletrodos que ficam no tecido cerebral começaram a se retrair desse tecido, fazendo com que o dispositivo não funcionasse corretamente, afirmou a empresa.
Segundo a empresa, o defeito não trouxe riscos ao paciente.
As informações são da Bloomberg e do Wall Street Journal.
O Wall Street Journal já havia reportado notícias de defeitos no dispositivo; a notícia vem ao mesmo tempo em que a Neuralink tenta implantar seu dispositivo em mais seres humanos.
A Neuralink afirmou que compensou essa retração com de uma série de correções de software, que “produziu uma melhoria rápida e sustentada que agora restabeleceu desempenho inicial do Noland”.
A empresa disse que está atualmente trabalhando para melhorar a entrada de texto no dispositivo, bem como o controle do cursor – e que eventualmente pretende estender o uso de dispositivos do mundo físico, como braços robóticos e cadeiras de rodas.
Especialistas que atuam na área de implantes cerebrais disseram à Bloomberg que as complicações podem ter surgido do fato de os fios se conectarem a um dispositivo que fica dentro do osso do crânio, e não na superfície do tecido cerebral.