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Primeiro ano de Milei: inflação cai, mas desafios econômicos persistem

Javier Milei

Foto: Instagram/Reprodução

Por: Ewaldo Willerding Neto

15/01/2025 - 10:01

Os argentinos tomaram conta do litoral catarinense neste verão de 2025 com alto poder de compra, num movimento que traduz o cenário econômico do país vizinho. O primeiro ano do governo de Javier Milei na presidência da Argentina foi marcado por intensas transformações econômicas e uma luta constante contra a inflação, que encerrou 2024 em 117,8% ao ano. Apesar de ainda estar na casa dos três dígitos, o índice representa uma desaceleração significativa em comparação aos 211,4% registrados em 2023, uma queda de quase 94 pontos percentuais.

Um cenário de desinflação

Desde o pico inflacionário de abril de 2023, que chegou próximo aos 300% no acumulado de 12 meses, a inflação argentina começou a mostrar sinais de recuo. A taxa mensal de dezembro de 2024 foi de 2,7%, ligeiramente superior aos 2,4% registrados em novembro. De acordo com analistas, essa leve alta foi atribuída a aumentos de preços sazonais típicos do período, mas o dado foi interpretado pelos mercados como um indicativo de estabilidade econômica emergente.

Luis Caputo, ministro da Economia, destacou o progresso no combate à inflação em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), afirmando que os dados confirmam “que o processo de desinflação continua”.

Reações do mercado e da sociedade

Os mercados financeiros receberam positivamente o progresso na redução da inflação. A estabilização da taxa mensal em patamares mais baixos trouxe alívio para empresas e investidores que enfrentavam um cenário de volatilidade extrema.

Por outro lado, a austeridade e o corte de subsídios geraram descontentamento social, com manifestações de trabalhadores e setores afetados pelas medidas. A perda de poder de compra ainda é um problema crítico para milhões de argentinos, mesmo com a inflação desacelerando.

Desafios para 2025

Apesar dos avanços, a economia argentina enfrenta desafios consideráveis para consolidar a estabilidade econômica. O país precisa encontrar um equilíbrio entre o controle da inflação e a retomada do crescimento econômico, ao mesmo tempo em que busca aliviar a pressão sobre os setores mais atingidos pelas reformas.

Especialistas alertam que, sem um plano abrangente para estimular a economia e combater a pobreza, as políticas de austeridade podem não ser sustentáveis a longo prazo. Além disso, a dependência de acordos financeiros internacionais e a dívida pública elevada continuarão a ser fatores críticos para o governo Milei.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.