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Presidente da Petrobras diz que piora na guerra seria “tempestade perfeita”

Foto: Divulgação/Petrobras

Por: Pedro Leal

18/10/2023 - 14:10 - Atualizada em: 18/10/2023 - 14:45

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avalia que, no momento, não há indícios de que a guerra entre Israel e o grupo Hamas interfira no preço dos combustíveis no Brasil.

Contudo, se o conflito se alastrar, será a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás. As informações são da CNN.

Prates reconheceu que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias.

Segundo o presidente da estatal, a cotação do petróleo está alta, “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo.”

Atualmente, o barril de petróleo Brent está sendo negociado em cerca de US$ 91 (R$ 461,02).

Prates pontuou, em uma análise no curto prazo, que a situação não deve se agravar “até que o conflito se alastre para um país produtor”.

“Falando de forma até um pouco insensível, claro que tem uma preocupação humanitária com o problema da guerra. Mas do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, por enquanto, não há indício de que haverá alastramento disso para países como Irã, Egito, países produtores.”

O presidente da estatal afirmou que, das conversas que tem tido até o momento com representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a intenção é procurar uma solução pacífica para a guerra e evitar um alastramento para o restante do Oriente Médio.

“O preço do petróleo já está afetado, piorar mais a guerra é a tempestade perfeita”, comentou.

Prates disse ainda que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre o assunto.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).