As compras sazonais fazem a alegria do comércio. Datas comemorativas como Natal, Dia das Mães e Páscoa são tidas como oportunidades para que os comerciantes consigam recuperar o lucro que se dilui ao longo do ano.
E também como é de praxe, o Procon faz pesquisas e verifica a possibilidade de aplicação de preços abusivos.
Em Jaraguá do Sul, levantamento revela que a variação dos preço de chocolates não é excessiva ficando, em média, em 20%, afirma a diretora do Procon, Samira Leutprecht.
Apesar disso, segundo pesquisa realizada entre os dias 9 e 11 de abril, alguns itens possuem variação maior, superando os 30%.
Embora alguns produtos – especialmente ovos de chocolate – tenham diferença maior entre um estabelecimento e outro, Samira ressalta que Jaraguá do Sul não apresenta um cenário de muita variação na aplicação dos preços e, comparando com o ano anterior, há inclusive redução, ressalta a diretora.
“Houve redução em alguns estabelecimentos quando comparado a 2018. Não é muito significativa, mas há”, diz.
Apesar disso, a orientação é a mesma para todas as compras sazonais: pesquisar.
“A nossa orientação é sempre de não sair comprando no primeiro local ou então naquele que tem um item mais barato.
O ideal é pesquisar item por item porque o fornecedor costuma usar um produto que tem maior demanda como chamariz estabelecendo preço bem abaixo, mas os outros itens ‘compensam’, então, vale pesquisar item por item e nesse sentido a nossa pesquisa ajuda muito”, salienta.
Para Samira, a pouca variação e até mesmo queda em alguns preços se dá devido a atenção dos fornecedores com o comportamento dos consumidores, mais conscientes quanto a real necessidade de compra.
“Houve uma conscientização devido às questões econômicas, uma conscientização da real necessidade de consumo desse produto.
A partir daí, os fornecedores buscam preços competitivos e acessíveis porque sabem que o consumidor não vai gastar muito e querem que ele gaste no seu estabelecimento”, analisa.
Movimento está maior no comércio
Na loja de chocolates artesanais de Giovana Rosa Hornburg, o espaço é disputado desde o início do mês.
Apostando em chocolates exclusivos de fabricação artesanal e com detalhes diferenciados, a proprietária projeta um crescimento de 15% nas vendas em relação ao ano passado.
“Nos últimos dois anos, devido à crise, a variação foi de cerca de 2% nas vendas, mas neste ano eu acredito que chegue a 15%”, diz.
A boa expectativa se dá, afirma ela, graças ao movimento intenso na loja desde o início do mês e também ao aquecimento das vendas para empresas do município.
Giovana conta que para uma delas já vendeu cerca de 20 mil itens.
Como apontou a pesquisa do Procon, na loja dela não houve aumento em relação ao preço praticado em 2018.
A maior demanda, explica, é a de ovos de páscoa e trufas. Os ovos variam entre R$ 0,80 e R$ 85, mas o mais vendido é o de 300 gramas que custa R$ 25.
Consumidores reclamam dos preços
Entre os consumidores, a dica do Procon sobre a necessidade de se pesquisar vem sendo seguida por alguns. A empresária Cristiane Rozza faz bem o dever de casa.
“Eu pesquiso em todos os mercados antes de comprar, mas, ainda assim, está tudo muito caro. Os ovos mesmo, só para filhos e sobrinhos”, diz.
A dona de casa Margarete Pires Medeiros também notou que os preços estão “salgados”, mas ao contrário de Cristiane, não costuma fazer comparação entre os estabelecimentos.
“Não pesquiso porque é mais cômodo comprar aqui que é do lado de casa. Mas está muito caro, por ser a época de chocolates deveria ser mais em conta”, avalia.
A pesquisa, que é a orientação do Procon, pode valer a pena. O levantamento aponta, por exemplo, que o ovo Ouro Branco de 355 gramas pode ser encontrado a partir de R$ 39,80, podendo chegar a R$ 49,99.
Outro exemplo de variação é o ovo Diamante Negro de 300 gramas que está sendo vendido a R$ 29,98 em um supermercado, mas pode chegar a R$ 47,99 em outro.
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