Preço da cesta básica de Jaraguá cresce 7,35% no primeiro semestre

Por: OCP News Jaraguá do Sul

13/07/2017 - 07:07 - Atualizada em: 13/07/2017 - 15:07

Por Kamila Schneider

Os jaraguaenses estão pagando mais caro para levar à mesa itens básicos como café ou tomate. Pelo menos é o que mostra um levantamento feito pelo OCP com base nos dados apurados pelo Procon. Desde o fim do ano passado, o preço da cesta básica ficou 7,35% mais caro em Jaraguá do Sul: enquanto em dezembro era preciso desembolsar no mínimo R$ 244 para montar a cesta, no início de julho o valor já chegava a R$ 262, uma diferença de R$ 18. O cálculo leva em conta o preço dos produtos mais baratos disponíveis nos supermercados da região.

Durante o período, o item que registrou o maior aumento no preço foi o tomate, com alta de 65,8%. Em dezembro do ano passado, o consumidor pagava em média R$ 2,30 pelo quilo do produto, enquanto este ano o preço médio chega a R$ 3,80. Em alguns estabelecimentos, o tomate chegou a custar R$ 4,89 o quilo no início deste mês. Apesar do alto custo, o produto já pesou muito mais no bolso dos jaraguaenses, indica o Procon – há dois anos, por exemplo, o preço do quilo quase alcançou a faixa dos R$ 6 na região.

Outro produto muito apreciado pelos brasileiros e que ficou mais caro nos últimos meses foi o café. Entre dezembro e julho, o preço médio do produto cresceu 10,2%, passando de R$ 6,79 para R$ 7,48. No início deste mês, o preço do quilo do café variava entre R$ 5,99 e R$ 8,98 em Jaraguá do Sul, enquanto há dois anos era possível encontrar a mercadoria por R$ 4,39 o quilo em alguns supermercados locais. Também registraram aumento itens como manteiga (23%), a banana branca (6,5%) e o leite tipo C (4,2%).

Dentre os itens que ficaram mais baratos estão alguns queridinhos dos consumidores, como o feijão, a batata e o pão francês. A maior redução foi observada no quilo da batata suja, que passou de um preço médio de R$ 1,50 em dezembro para R$ 0,95 no início deste mês, queda de 36,6%. O valor médio do quilo do feijão preto, por sua vez, apresentou redução de 33,9%, indo de R$ 6,34 em dezembro para R$ 4,19 no início deste mês. Também apresentaram redução no preço médio o pão francês (-21,1%), o óleo de soja (-11,3%) e o coxão mole (-9,1%).

A pesquisa mostra, por exemplo,

que no início deste mês os preços do

pão francês e da batata suja variavam

mais de 100% entre supermercados.

VARIAÇÃO DE PREÇOS ESTIMULA CONSUMIDOR A PESQUISAR

A aposentada Nilda Glaudian, 64 anos, ficou surpresa com o aumento no preço do café em pó. Acostumada a comprar sempre a mesma marca, a consumidora acabou optando por outro produto para compensar a diferença no valor. “Peguei outra marca porque achei que não valia a pena pagar a mais. Dá para notar que algumas coisas subiram, mas em outros casos, o preço baixou, o que no final acaba compensando”, avaliou a aposentada enquanto verificava o preço da carne no açougue de um supermercado da Vila Nova.

Para compensar tanta variação de preço, Nilda adotou uma prática cada vez mais comum entre os consumidores: a pesquisa de preço. Com uma prancheta em mãos, a aposentada passa pelos supermercados da região anotando as promoções e valores de cada produto, tudo para garantir a melhor oferta. “Já que tenho tempo, prefiro ir em alguns mercados conferir os preços e depois escolher onde fazer a compra. No final, dá uma boa diferença”, afirma ela.

O jaraguaense Onésio Panstein, 69 anos, também adotou a pesquisa de preço há algum tempo e garante que a variação de valores pode surpreender até mesmo os consumidores mais experientes. A pesquisa do Procon mostra, por exemplo, que no início deste mês o preço do quilo do pão francês variava entre R$ 3,99 e R$ 8,29 nos principais supermercados de Jaraguá do Sul, uma diferença de 107,7%. O mesmo acontece com o preço da batata suja, que pode ser encontrada por valores entre R$ 0,80 e R$ 1,68, uma variação de 110%. “Quem quer economizar tem que se dar ao trabalho de comparar os preços, a diferença pode ser bem grande e no fim com certeza vale a pena”, aconselha ele.

Tomate é um dos produtos que mais teve alta | Foto Eduardo Montecino

Altamiro Inácio está sempre atento: tomate é um dos produtos que mais teve alta, de 65,8% | Foto Eduardo Montecino

Para empresário Altamiro Inácio, 44 anos, outra opção é ficar de olho nos produtos da época, que sempre aparecem em oferta nas gôndolas do supermercado. “O tomate varia muito e dá para notar que ficou mais caro, até estes dias estava R$ 1,90 e agora já está R$ 4,98. Já a cenoura e a cebola, por ser época, estão com preços bem melhores. Eu aprendi a identificar o que pode estar em promoção e assim vou compensando os itens com preço mais alto”, comenta o jaraguaense, que é dono de uma padaria e precisa repor os itens do estoque a cada duas semanas. “O consumidor precisa estar atento e saber acompanhar as mudanças”, ressalta ele.

“Quem quer economizar tem

que se dar ao trabalho de comparar

os preços, a diferença pode ser bem grande.”

Onésio Panstein

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