Polêmica: Stanley admite chumbo na composição dos copos, mas nega risco

Divulgação/Stanley

Por: Pedro Leal

30/01/2024 - 08:01 - Atualizada em: 30/01/2024 - 09:31

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Os famosos copos Stanley estão envolvidos em uma polêmica grave: Na última semana, consumidores dos Estados Unidos realizaram testes rápidos que detectaram a presença de chumbo no material do produto – e a fabricante admitiu que usa o metal, tóxico, na composição dos copos.

Segundo a Folha de São Paulo, a empresa afirma que o metal serve como vedação para a parte inferior do copo e que um revestimento de aço inoxidável seria responsável por impedir o contato direto do chumbo com o conteúdo do copo ou com quem o está manuseando.

Em nota, a Stanley afirmou que “não há chumbo em parte alguma da superfície de seus produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos que estejam sendo consumido”.

A empresa adiciona que “as paredes duplas e o isolamento a vácuo que garantem que o copo mantenha a temperatura das bebidas. Na base do produto, a vedação contém chumbo”.

A empresa nega que seja possível ter contato com a substância. “Na rara ocorrência desta tampa de inox se soltar, devido a algum caso extremo, possivelmente expondo o selante, este continuará sem contato com o conteúdo ou com o usuário”, completa.

Segundo a Stanley, todas as normas exigidas pela FDA – o equivalente dos EUA para a Anvisa – estariam sendo cumpridas. A companhia também garantiu realizar testes com laboratórios terceirizados para também garantir a segurança da composição do item.

O chumbo é um metal tóxico que causa diversos danos na saúde neurológica e mental, como alteração de memória, hostilidade, depressão, perda da libido e déficits cognitivos.

O corpo absorve a substância após a inalação de vapores ou partículas finas, ou com a ingestão de compostos solúveis. De acordo com o Ministério da Saúde, não existe nível de exposição que seja conhecido como seguro ou isento de efeitos colaterais.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).