A 14ª Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria do SIMPI/Datafolha oferece uma visão abrangente do panorama econômico na região Sul para a categoria durante o mês de junho/julho.
Semelhante ao registrado no primeiro semestre de 2023, 50% das MPI’s analisam suas vendas e serviços prestados como abaixo do esperado para o primeiro semestre deste ano, seguidos por dentro do esperado com 41%. Para o Sul, o cenário foi extremamente pessimista com apenas 4% das MPI’s afirmando que as vendas foram acima do esperado e 51% afirmando que o valor ficou abaixo do esperado.
Para investimentos como compra de novos equipamentos ou reforma de espaços físicos, o valor voltou a declinar alcançando 16%, mesmo patamar registrado no início do ano. No entanto, o Sul foi a região que mais fez investimentos no último bimestre com 19%, vale lembrar que, pelas tragédias envolvendo as enchentes no estado, era esperado um aumento no valor.
A procura por capital de giro não teve mudanças significativas desde o último levantamento, o principal meio usado pelas MPI’s segue sendo o cheque especial, com 13%. Em seguida, o empréstimo PJ com 7%. O número de MPI’s que recorreram ao empréstimo PF caiu de 11% para 6%, volta a estabilidade do janeiro/2024. No Sul, no entanto, o número de dirigentes usando cheque especial para manter capital de giro chegou a 16%, o maior entre as regiões.
Nos dias que antecederam a pesquisa, 18% das empresas sofreram com diversos atrasos envolvendo entrega de matérias primas, além de um impacto relevante na queda da qualidade de matérias primas. Na ocasião, o Sul segue sendo a região afetada pelos impactos em dois dos três pontos, com 20% em relação a falta de matéria prima e insumos nos fornecedores e 21% no atraso na entrega de matérias primas e insumos.
A nível nacional, o número de MPI’s que acreditam que o desemprego irá aumentar nos próximos meses caiu 9 pontos percentuais e chegou a 32%. Para as regiões, o Sul é o estado mais pessimista em relação ao assunto e 35% acreditam que o número de desempregados deve aumentar contra apenas 15% acreditando que a situação pode melhorar.