Pequenos negócios usam nomes fantasias para se diferenciar no mercado

Sebrae orienta que é preciso fazer o registro da marca no INPI | Foto Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Por: Windson Prado

20/02/2019 - 05:02 - Atualizada em: 20/02/2019 - 05:15

Três em cada quatro pequenos negócios no Brasil têm um nome fantasia e grande parte delas também possui logomarca própria. É o que apontou a pesquisa “O Registro da Marca nos Pequenos Negócios”, envolvendo 4.002 empresários.

Apenas 19% deles, porém, procuraram registrar sua marca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial, responsável por conceder o registro, necessário para garantir a exclusividade em seu uso para um produto ou serviço.

O segmento das microempresas (ME) foi onde o uso do nome fantasia mais predominou, com 84%. Os microempreendedores individuais (MEI) também estão adotando esta prática, sendo que 68% dos entrevistados fazem esse uso, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPP) somam 83%.

Conforme a pesquisa, realizada em agosto, três em cada cinco (59%) empresas entrevistadas já trabalham com uma logomarca própria, um percentual pequeno entre os MEI (42%) e entre os setores da indústria e construção civil (54%). A amostragem considera que, mesmo que ainda apresentem números mais reduzidos, é uma parcela considerável com logomarcas.

De acordo com o Diretor Superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Fonseca, o registro de marca é fundamental para garantir a exclusividade do uso.

“Quando falamos em pequenos negócios, isso representa um diferencial competitivo com resultados reais que impactam favoravelmente o relacionamento com os clientes. Toda empresa deve cuidar dos seus bens intangíveis”, comenta Carlos Henrique.

Apenas um em cada três entrevistados (34%) já buscou informações sobre o registro da própria marca. O menor percentual está entre os MEI (21%) e do comércio (30%), sugerindo que essa medida é uma preocupação apenas de empresas maiores.

Apenas um em cada quatro dos empreendedores (34%) buscou orientações sobre o registro em outras fontes, sendo que o INPI foi a principal origem das pesquisas. Mas, mesmo assim, 81% ainda não fizeram seus pedidos de regularização do uso no instituto.

As respostas foram de que nunca precisaram (52%), nunca pensaram nisso (37%), não sabiam que precisava registrar (25%) não sabem como fazer (24%) e os custos do INPI são altos (14%), entre outros.

“Conhecer o sistema de marcas é essencial para os pequenos negócios”, explica o presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel.

Ele cita que, em primeiro lugar, deve ser feita uma pesquisa prévia para saber se a marca a ser usada já foi registrada no INPI, de modo a evitar que a empresa seja, futuramente, impedida de utilizar o nome e/ou logo.

“Além disso, com o registro de marca, a empresa poderá criar sua identidade e impedir que terceiros se aproveitem dela”, complementa.

Segundo Pimentel, vale ressaltar que a parceria com o Sebrae é uma das principais iniciativas para estimular o registro das marcas, e a marca pode agregar valor às empresas e aos seus produtos, atraindo e fidelizando o consumidor.

A marca registrada, segundo o INPI, garante ao seu titular o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica pelo período de 10 anos, a partir da data da concessão. Esse registro pode ser prorrogado por sucessivos períodos de 10 anos.

Principais resultados da pesquisa

  • 76% dos pequenos negócios têm um nome fantasia, sendo que entre os MEI essa proporção cai para 68%
  • 59% possuem uma logo ou logomarca, sendo que entre os MEI essa proporção cai para 42%
  • 34% já procuraram informações sobre registro de marca. O Site do INPI é a principal fonte de informação
  • Apenas 19% dos pequenos negócios já fizeram um pedido de registro de marca no INPI. O principal motivo elencado para não solicitação de registro de marca foi a falta de necessidade
  • Entre as empresas que já fizeram um pedido de registro de marca, 65% tinham conseguido o registro no momento da entrevista

*Com informações de assessoria de imprensa

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