Para entidades empresariais da região, os dados divulgados no Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central com projeções para o cenário macroeconômico nacional, atualizando a estimativa de crescimento do PIB para 2019 para 0,8%, indicam uma retomada da economia, mesmo que lenta.
Para o presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Anselmo Ramos, o cenário apresentado pelo Banco Central demonstra um crescimento lento, mas estável, com controle da inflação.
“Ainda temos que consolidar as expectativas quanto aos mercados internacionais e quanto às privatizações, o que pode dar uma melhorada no cenário para o ano que vem e para 2021, mas para este ano temos um cenário ainda lento”, avalia.
Segundo declarações da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o cenário demonstra estabilidade econômica – embora em um ritmo lento.
“A inflação segue baixa por conta da lentidão no consumo, se por um lado é bom porque os preços estão controlados, por outro lado o consumo reduzido faz com que o crescimento da economia seja mais lento”, afirma a entidade.
Para a entidade, o país precisa garantir previsibilidade e segurança jurídica para retomar os investimentos no país e garantir um crescimento sustentável para os próximos anos.
Medidas para a recuperação
Uma forma pela qual isto tem sido buscado, além das reformas, é mediante a redução da taxa básica de juros, a Selic – que tem tornado investimentos em renda fixa menos atraentes do que investimentos práticos de capital.
O segundo trimestre do ano demonstrou resultado positivo: o Produto Interno Bruto (PIB), teve um crescimento de 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O PIB somou R$ 1,78 trilhão no período.
O dado foi divulgado nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB também apresentou altas de 1% na comparação com o segundo trimestre de 2018, de 0,7% no acumulado do ano e de 1% nos últimos 12 meses.
Sob a ótica da demanda, a alta do PIB do primeiro para o segundo trimestre foi puxada pela formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (3,2%), e pelo consumo das famílias (0,3%).
O consumo do governo teve queda de 1% e as exportações recuaram 1,6%. As importações cresceram 1%.
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