No dia 12 de julho, a Oxford Porcelanas, maior fabricante das Américas de porcelana e cerâmica, com sede em São Bento do Sul e que conta com o fundo de investimento formado pelas três famílias fundadoras da WEG, inaugurou sua primeira fábrica fora do estado de Santa Catarina: a nova unidade é na cidade de São Mateus, no Espírito Santo.
Além da geração de empregos local – já foram contratadas cerca de 350 pessoas para a nova unidade – os produtos fabricados em São Mateus irão abastecer todo o mercado brasileiro. Nesta fábrica, a Oxford concentra a fabricação nos produtos da marca Biona, que é a sua linha mais popular produzida em cerâmica.
O investimento da Oxford nesta nova unidade foi de R$ 60 milhões, sendo parte deste dinheiro financiado pelo Banco do Nordeste. Este ano, São Mateus deve responder pela produção de 8 milhões de peças. Porém, a expectativa é que a nova fábrica chegue a produzir 15 milhões de peças por ano, enquanto São Bento do Sul produzirá 45 milhões por ano.
Com isso, Oxford projeta crescer 8,5% neste ano, já considerando a produção da nova unidade. “Esta unidade, desenvolvida com o que há de mais moderno em equipamentos para o setor, visa a atender uma demanda crescente de produtos com uma relação custo/benefício mais econômica”, diz o diretor superintendente da Oxford, Irineu Weihermann.
No quesito tecnologia, a Oxford buscou em sua expertise o conhecimento para desenvolver o maquinário da nova fábrica. Grande parte das máquinas utilizadas na unidade do Espírito Santo foi projetada e construída internamente, em São Bento do Sul. Como essa indústria ainda não é desenvolvida no Brasil, para viabilizar o desenvolvimento do maquinário a Oxford contou com o apoio do Finep, um órgão federal que busca promover o desenvolvimento por meio do fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação. Atualmente, a Oxford tem em andamento com o FINEP cerca de 12 projetos na área de pesquisa e desenvolvimento.
Na construção da nova fábrica, a Oxford buscou ainda investir em um projeto construtivo limpo, que prevê água de reuso e com 100% dos resíduos sendo reaproveitados pelo sistema operacional. A nova unidade também vai utilizar gás natural – assim como a fábrica de São Bento do Sul, um combustível que não libera gases tóxicos no meio ambiente.
Presidente Oxford, Décio da Silva, e Governador ES, Paulo Hartung
Gestão profissionalizada
A Oxford está em uma fase de crescimento, tanto no mercado nacional quanto no internacional, por adotar uma gestão cada vez mais profissionalizada e por investir em tecnologia, design e inovação em toda sua cadeia produtiva. Isso sem deixar de valorizar a cultura familiar presente na empresa.
Em 2015, a empresa aumentou seu faturamento em 17% na comparação com o ano anterior e seu faturamento bruto somou R$ 253 milhões. O lucro líquido aumentou 9%, alcançando R$ 16,7 milhões. No mercado internacional, a Oxford Porcelanas planeja exportar US$ 8 milhões para América Latina, México e Estados Unidos, o que significa aumentar a participação das exportações de 9%, em 2015, para 15%, em 2016. A cartela de clientes da Oxford também aumentou em 2015: saltou 7% e atingiu a marca de 6.500 clientes ativos.
