Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Orçamento projetado para 2017 será de R$ 715 milhões

Possamai calcula que município perdeu R$ 2 milhões com a manobra - Foto: Eduardo Montecino/Arquivo OCP

Por: OCP News Jaraguá do Sul

12/04/2016 - 04:04 - Atualizada em: 13/04/2016 - 08:17

Estimado em R$ 715 milhões, a Prefeitura de Jaraguá do Sul projetou incremento de R$ 13 milhões no orçamento global de 2017, mas com previsão de queda nos recursos próprios. A receita deve diminuir R$ 12 milhões em comparação com este ano.

A projeção é que o município terá R$ 316 milhões em recursos administráveis, enquanto este ano teve R$ 328 milhões. A retração, segundo o secretário da Fazenda, Ademar Possamai, se deve ao comportamento das finanças no primeiro trimestre. “Estamos com uma expectativa negativa quanto a economia, não temos uma cenário positivo a vista ou perspectivas de reação. Fechamos o orçamento deste ano menor que 2015, mas já estamos pensando em rever para baixo”, avaliou

O secretário explica que o orçamento global é maior devido aos recursos vinculados, a receita que é arrecadada com finalidade específica. Deve haver aumento nos números das contribuições ao Issem (Instituto de Seguridade dos Servidores Municipais) e Samae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).

Clique e assine o Jornal O Correio do Povo!

Os números foram apresentados na noite de ontem durante audiência pública que debateu ações para serem incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). As propostas encaminhadas pela comunidade serão estruturadas para a composição de orçamento para cada secretaria.

As despesas e investimentos em cada setor só serão discriminados pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que será apresentada no segundo semestre. “A intenção desta audiência é buscar as prioridades da comunidade, principalmente porque estamos com poucos recursos de investimento. A LDO é o parâmetro em termo de ações para definir orçamento”, explicou Possamai.

Fecam afirma que cidades continuam perdendo recursos
Os recursos destinados pela União e pelo Estado para os municípios da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) tiveram queda de R$ 17,8 milhões, considerando os valores acumulados segundo o Portal das Transferências Constitucionais da Fecam (Federação Catarinense de Municípios).

O montante representa 12,8% a menos, em relação ao ano passado. Em valores, houve queda de R$ 143,6 milhões para R$ 125,8 milhões. De acordo com o economista da Fecam, Alison Fiuza, a situação é ainda mais preocupante considerando as perdas inflacionárias.

“Se formos comparar 2014 com 2015, houve crescimento nominal, mas foi inferior a inflação, o que trouxe prejuízo. Esse ano, o crescimento nominal é negativo. Os recursos são menores sem mesmo considerar a inflação”, explica Fiuza.

Jaraguá tem trimestre negativo e região apresenta reação
Enquanto Jaraguá do Sul registrou queda de R$ 3,2 milhões em recursos correntes nos três primeiros meses deste ano, em Guaramirim houve um crescimento de R$ 1,8 milhão em comparação com o mesmo período do ano passado.

O secretário de Administração e Finanças, Denilson Weiss, atribui o avanço ao incremento de 4% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – que subiu R$ 450 mil no primeiro trimestre – e ao aumento na arrecadação de impostos municipais. A receita corrente líquida fechou na casa dos R$ 24,2 milhões, enquanto em 2016 foi de R$ 2,4 milhões.

Entretanto, o secretário afirma que as despesas continuam desafiando o orçamento. “Merenda escolar, combustível, pneu. Qualquer produto que você vai adquirir você esbarra em um preço novo. Continuamos comprando estritamente o necessário e tentando negociar com o fornecedor”, disse. As prioridades são mantidas, afirmou ele, e os cortes atingem principalmente o setor de agricultura e a manutenção de estradas.

Schroeder registrou a entrada de R$ 600 mil a mais no trimestre. Em 2015, o balanço foi de R$ 9,5 milhões e este ano a receita corrente subiu para R$ 10,1 milhões. “Estamos correndo e trabalhando para aumentar as receitas próprias, isso está impactando positivamente”, comentou o secretário de Finanças, Elmer Quadros.

A situação em Jaraguá do Sul é agravada pela queda nos repasses constitucionais. Entre janeiro e março, o município teve receita corrente líquida de R$ 129,6 milhões enquanto no mesmo período de 2015 os recursos foram na ordem de R$ 132,8 milhões.

O município foi o único da microrregião que não registrou aumento no ICMS no período. O recurso destinado pelo Estado caiu R$ 2,4 milhões em relação a 2015, uma queda de 5,9%. Para o secretário da Fazenda, Ademar Possamai, Jaraguá do Sul, depende fortemente do ICMS e sofre impacto direto do cenário econômico. “Estamos com empresas em recessão e também perdemos participação no imposto. O bolo é o mesmo e outros municípios cresceram mais. Na proporção a gente perde”, observou.

Considerando o imposto, o melhor desempenho foi em Massaranduba, onde houve incremento de 5% no trimestre, o que representa R$ 1,4 milhão a mais. Foi contabilizado R$ 2,9 milhões de arrecadação de ICMS. “No ano passado terminamos com superávit, mas continuamos com ritmo de cuidado na gestão”, avaliou o prefeito Mário Fernando Reinke.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação