A Organização Mundial de Saúde (OMS) oficializou esta semana novos nomes para as variantes da Covid-19 e as cepas do vírus SarsCoV-2, evitando o uso de termos como "variante brasileira" ou "variação indiana" do vírus, assim como o uso dos nomes científicos, mais difíceis de lembrar.
A ideia é ter nomes "fáceis de pronunciar e lembrar", mas também evitar que o público em geral e a imprensa usem nomes que "estigmatizem e discriminem", afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em nota.
O órgão internacional apontou para os casos de preconceito e violência contra asiáticos nos EUA durante a pandemia, associados a termos como "vírus chinês".
Os nomes científicos continuam a existir, pois fornecem dados úteis aos especialistas, mas a OMS não os usará em sua comunicação diária.
Desta forma, a variante B.1.1.7, previamente identificada no Reino Unido, foi denominada Alpha, B.1.351, identificada pela primeira vez na África do Sul, tornou-se Beta e a variante P.1, detectada no Brasil, Gamma.
A OMS também deu dois nomes diferentes às subvariantes de B.1.617 que devastaram a Índia e se espalharam para outros países: B.1.617.2 foi chamado de Delta e B.1.617.1 de Kappa.
As principais variantes, com a data da primeira amostra, e seus novos nomes:
Reino Unido (Setembro/2020): Alpha
África do Sul (Maio/2020): Beta
Brasil (Novembro/2020): Gamma
Índia (Outubro/2020): Delta e Kappa