OCP traz o economista Roberto Padovani para palestra hoje na Acijs sobre cenário econômico e eleições

Por: Pedro Leal

10/05/2022 - 10:05 - Atualizada em: 10/05/2022 - 10:52

A Associação Empresarial de Jaraguá do Sul e o OCP News trazem para Jaragá do Sul o economista Roberto Padovani, economista chefe do banco BV, abordando como tema o cenário econômico e os seus impactos na eleição presidencial.

O evento promovido pelo OCP News, o periódico mais longevos de Santa Catarina, em parceria com a Acijs, é um presente que o jornal está oferecendo à comunidade empresarial, alusivo ao seu aniversário de 103 anos.

O encontro ocorrerá no Centro Empresarial, a partir das 18h30. A participação é gratuita, com confirmações pelo portal In Rede. Informações pelo e-mail eventos@acijs.com.br e pelo telefone (47) 98835-1316.

Roberto Padovani é economista-chefe do BV e um dos mais conceituados analistas sobre os cenários nacional e internacional e seus reflexos no mercado. Antes de iniciar a atuação no BV em 2011, fez parte do time global do Banco WestLB, sendo responsável pela América Latina. Também foi sócio por 10 anos da Tendências Consultoria e assessor do Ministério da Fazenda durante o Plano Real. Formado em Economia pela Universidade de São Paulo, em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Padovani é ainda mestre em Economia pela mesma FGV.

Em recente análise sobre a atual conjuntura global, ressaltou que o conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia trará consequências pesadas para o mundo, em especial, para o Brasil, que se encontra mais vulnerável a choques externos. O crescimento econômico no país já está baixo e a inflação, alta, rodando na casa de 10% ao ano. Dependendo da duração da guerra, esse quadro tende a piorar, pois atingirá a cadeia global de produção. Ou seja, poderá haver escassez de mercadorias, o que sempre resulta em preços mais altos. “É um custo espalhado por todo o planeta, todo mundo deve pagar a conta”, avaliou em reportagem ao jornal O Correio Braziliense, ainda em março.

Para ele, o Brasil está sem margem de manobra para lidar com choques externos. A carga tributária atingiu o limite, a arrecadação extra que houve no ano passado teve a ver com a inflação alta, os juros continuarão subindo, empurrando a dívida pública para cima. Ele ressalta, ainda, que a proximidade das eleições tornará mais difícil a aprovação de reformas como a administrativa, que poderiam resolver parte dos problemas da estrutura dos gastos públicos. “Essa indefinição aumenta o ambiente de incertezas, leva a mais imprevisibilidade e, portanto, acaba penalizando o país”, destaca Padovani.