OCDE melhora perspectivas para a economia mundial e brasileira, mas ainda projeta quedas

Foto Gerd Altmann/Pixabay

Por: Pedro Leal

16/09/2020 - 10:09 - Atualizada em: 16/09/2020 - 10:46

A economia global parece estar se recuperando do baque provocado pelo novo coronavírus mais rápido do que se imaginava há apenas alguns meses, graças à melhora nas perspectivas para a China e os Estados Unidos.

A afirmação foi feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta quarta-feira (16).

Para a organização, também melhorou a perspectiva para o Brasil em 2020, de acordo com suas novas projeções.

Embora ainda seja uma projeção de contração de 6,5% em 2020, o valor é 0,9 ponto percentual melhor do que a estimativa de junho, de queda de 7,4%.

A entidade também prevê que o país crescerá 3,6% em 2021, uma piora de 0,6 ponto.

A economia mundial está a caminho de contrair 4,5% este ano, disse a OCDE. A estimativa, sem precedentes na história recente, representa uma melhora ante a queda de 6% projetada em junho.

Crescimento

Desde que seja evitado que o vírus se dissemine sem controle, a economia global voltará a crescer no próximo ano com uma expansão de 5%, ante previsão em junho de alta de 5,2%, de acordo com a OCDE.

Entretanto, uma retomada mais forte do vírus ou medidas mais rigorosas para contê-lo podem cortar 2 a 3 pontos percentuais da projeção para 2021, alertou a OCDE.

A organização explicou que fez suas estimativas sob o pressuposto de que surtos locais continuarão e haverá ações locais em vez de paralisações nacionais.

Elas também assumem que uma vacina não estará amplamente disponível até o final do próximo ano.

Ações governamentais

A OCDE disse que as ações de governos e bancos centrais para sustentar as rendas de famílias e empresas ajudaram a evitar contrações piores e devem portanto ser mantidas.

A perspectiva melhor para este ano mascara grandes diferenças entre as principais economias, com os Estados Unidos, China e Europa, devendo ter desempenho melhor do que o esperado.

Enquanto isso, Índia, México e África do Sul podem se sair pior durante a luta para conter o vírus.

Tendo sido o primeiro país a experimentar o surto e depois de agir rapidamente para controlar a disseminação, a China deve ser o único país do G20 de potências econômicas a registrar crescimento este ano, com alta de 1,8%, contra projeção em junho de contração de 2,6%.

Por sua vez, a economia dos EUA, maior do mundo, também deve ter desempenho melhor este ano com contração de 3,8%, contra queda de 7,3% projetada anteriormente.

 

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