Obra inédita de alargamento de praia e dragagem de porto aguarda fonte para os R$ 300 milhões necessários

Divulgação/Prefeitura de Itapoá

Por: Pedro Leal

06/04/2024 - 10:04 - Atualizada em: 06/04/2024 - 10:22

As obras de dragagem do canal de acesso à baia da Babitonga e do alargamento da praia de Itapoá ainda não tem prazo para começar, embora a concessão da licença inicial já tenha saído há dois anos.

Agora, o porto de São Francisco do Sul e a prefeitura de Itapoá buscam uma fonte de recursos para os investimentos, estimados em R$ 300 milhões.

Uma das possibilidades é por meio de concessão à iniciativa privada. Simultaneamente, se aguarda a licença ambiental de instalação, pelo Ibama, necessária permitir as obras, quando possível.

As duas obras são, de fato, uma única: em modelo inédito no país, o material retirado da dragagem do porto será usado para alargar a faixa de areia da praia. Em entrevista à CBN Joinville, o diretor-presidente do porto, Cleverton Vieira, frisou o ineditismo da obra. “Nunca houve projeto de uma obra desse tipo no Brasil, em que de uma obra de dragagem em um porto, os sedimentos fossem usados no engordamento de uma praia”.

A licença prévia foi emitida pelo Ibama em 2022, após a uma solicitação feita em 2015. Com a dragagem, o canal externo, usado para acesso dos navios aos portos de São Francisco do Sul e Itapoá passará de um calado de 14 para 16 metros, permitindo embarcações de maior porte. O licenciamento havia sido solicitado em 2015.

Dos 15 milhões de metros cúbicos de solo retirados para o alargamento, cerca de metade será usada no alargamento de praias em Itapoá, afetada parcialmente pela erosão costeira.

A quantidade de material é quase três vezes maior à utilizada na praia em Balneário Camboriú, onde a faixa de areia foi ampliada em 2021.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).