O secretário de Estado Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett esteve em Brasília nesta quarta-feira, 25, na reunião extraordinária do Conselho Nacional dos Secretários de CTI promovido pela Comissão de CTI da Câmara dos Deputados.
Durante sua fala, Fett fez uma defesa contundente sobre a importância do investimento em tecnologia e inovação para a estratégia de neoindustrialização e o contrassenso trazido pela Reforma Tributária em tramitação: “A neoindustrialização está umbilicalmente ligado ao investimento em inovação do país. E não é razoável penalizar tão fortemente o setor de tecnologia como o que foi feito pelo texto da reforma tributária sob pena de vermos fracassar todo um esforço de governo e do setor produtivo na direção de mudança do eixo econômico: de uma economia intensiva apensas em capital e mão de obra para uma economia intensiva em conhecimento e inovação”.
A tarde, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a ministra Luciana Santos, Fett a convite do Conselho se Secretários Estaduais de CTI, defendeu a importância do investimento em tecnologia e inovação para a estratégia de neoindustrialização e de transformação digital do país a resultar em aumento da produtividade e da competitividade.
Fett também colocou em pauta os impactos da Reforma Tributária, que deve ir a votação no Senado Federal no início de novembro. “Realizamos mobilização dos empresários do setor junto aos congressistas e agora estamos acompanhando o andamento da proposta, defendendo uma alíquota diferenciada para não trazer prejuízos ao setor de tecnologia e inovação. Não podemos ver fracassar todo um esforço de governo e do setor produtivo na direção de mudança de uma nova economia que agrega muito valor a nossa pauta econômica. Em Santa Catarina este setor representa 6% do PIB, são 22 mil empresas que empregam mais de 80 mil pessoas”, destaca Fett.
O secretário catarinense defendeu também a descentralização dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT para SCTis hoje totalmente sob gestão do Governo Federal. “Inovação se faz basicamente com pessoas, conectividade e dinheiro. E não há como garantir que os recursos atendam às demandas e as realidades econômicas das diferentes regiões do país a partir de Brasília”, destacou. Pela proposta apresentada até 10% dos recursos do fundo poderia ser descentralizado direto para as Secretarias Estaduais de CTI.