A 1ª Mostra Científica e Pedagógica da Escola SESI atraiu o interesse de mais de 300 pessoas no sábado em Jaraguá do Sul. Mesmo com chuva, muitas famílias acompanharam as atividades na unidade do SESI-SENAI, onde alunos do ensino fundamental apresentaram 32 projetos que abordam conhecimentos integrados à metodologia STEAM – sigla inglesa para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
Do estudo sobre a influência do cubismo nas artes, passando por uma proposta de irrigação automatizada ao desenvolvimento de um carro de Fórmula 1, os visitantes puderam conhecer iniciativas que mostram as possibilidades para os estudantes se prepararem para os futuros desafios no mundo do trabalho, mas também o fortalecimento de valores como o trabalho de equipe, disciplina e compromisso com a comunidade.
“A mostra é uma oportunidade de reforçar aos pais de alunos, e às famílias que estão definindo os próximos passos para o futuro profissional de seus filhos, de reforçar os compromissos da Escola SESI de proporcionar uma educação para a vida, conectada com a preparação para o trabalho e com a cidadania”, destaca Daren Vargas Souza, gerente executiva regional do Sesi-Senai no Vale do Itapocu, na recepção aos visitantes.
A chance de expor o que aprendeu em sala de aula motiva jovens como Gustavo de Andrade Trisotto, 14 anos, e Henrique Miguel Deschamps Dahmer, 15, do 9º ano do ensino fundamental. Os dois colegas mergulharam em pesquisas para elaborar um método de irrigação que substituísse o método tradicional, com o uso de sensores que identificam nas plantas a necessidade de água. A pesquisa sobre plantas que requerem mais ou menos volumes de água, o tempo certo de irrigação, ao estudo de programação, surgiu o interesse pelo curso de Desenvolvimento de Sistemas, que ambos planejam para o ensino médio.
Outra equipe, se dedicou a entender a influência das formas geométricas no cubismo, movimento artístico liderado pelo espanhol Pablo Picasso. Vitor Manoel Arendt (12), Henrique Gabriel Gonçalves (13), Isabelle Karoline Freiberger (12) e Luiza Andreatta Cordeiro (11), foram convincentes na explicação sobre a obra “Guernica” e os efeitos de uma guerra para a humanidade. “É um estudo que dá a oportunidade para as crianças desenvolverem a sensibilidade e a empatia”, explica o professor de Artes, Alex Bauer, acompanhando com atenção as explicações dos alunos.
Passando por laboratórios, corredores e salas de aula decoradas com temas dos projetos, o público teve uma ideia do ambiente que as crianças e adolescentes vão frequentar nos primeiros anos de formação.
“É uma instituição diferenciada, que promove a educação de forma integral, com engajamento em projetos que permitem vivenciar tecnologia, mas com o compromisso social. É uma maneira de fazer com que o aluno tenha sempre um olhar atento para o mundo”, atesta Josiane Lafin, que foi acompanhar a apresentação da filha Sofia e da afilhada Cibele. As duas meninas do ensino médio fazem parte da equipe FAÍSCAS – anagrama a partir dos nomes dos integrantes: Felipe do Amaral (17), André Luiz Holler (15), Igor dos Santos (15), Sofia (17), Cibele (16), Ana Luiza Ferrari (17), e do professor Sandro de Moraes Ribas, de educação tecnológica, robótica e ciências.
O projeto da equipe FAÍSCAS consiste no desenvolvimento de um modelo de Fórmula 1, cumprindo todas as fases que envolvem mecânica, design e marketing é uma tarefa na comunidade. Com o protótipo do carro de competição, a equipe espera disputar o mundial, organizado pela própria Federação Internacional de Automobilismo, como forma de incentivar jovens para a indústria automotiva. O primeiro passo será a etapa estadual, nos dias 10 e 11 de novembro, em Joinville.
