As microempresas foram as principais responsáveis pelo saldo positivo de emprego registrado pela indústria de Santa Catarina este ano. É o que revela um levantamento realizado pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Segundo o estudo, entre janeiro e outubro deste ano, as indústrias com até 19 funcionários geraram 8.080 novos postos de trabalho no Estado. Graças ao desempenho dos pequenos negócios, de janeiro a outubro a indústria catarinense acumulou um saldo positivo de 5.146 empregos formais, o melhor resultado do país para o segmento.
O levantamento aponta ainda que no mesmo período as pequenas empresas catarinenses perderam 4.654 postos de trabalho, enquanto os médios e grandes negócios apresentaram saldo negativo de 428 e 696 vagas, respectivamente. Os números são do Ministério do Trabalho.
O resultado positivo das microempresas no Estado foi impulsionado pelo desempenho do setor têxtil e de confecções, responsável pela geração de 6.299 empregos formais entre janeiro e outubro. Segundo o levantamento da Fiesc, dos 9.871 negócios atuantes deste setor no Estado, 85% são microindústrias, enquanto 12,5% são pequenas empresas. Atualmente, Santa Catarina detém 18% do pólo têxtil do Brasil.
Em encontro realizado na última semana pela Fiesc, o presidente da entidade, Glauco José Côrte, salientou que o crescimento da economia catarinense é extremamente dependente do setor industrial. “Na região Sul, diferentemente do que ocorre no Brasil, em que a indústria tem uma participação no PIB de menos de 20% (considerando a indústria de transformação, construção e serviços de utilidade pública), aqui representamos 30%. Ou seja, um terço da riqueza de Santa Catarina provém do setor industrial”, destacou Côrte na ocasião.
Segundo dados do Empresômetro, até a semana passada Santa Catarina possuía 832.416 empresas ativas, sendo que mais de 659 mil (92,5%) são micro e pequenas.