Mercados financeiros tiveram um início de semana turbulento, marcado por quedas intensas na segunda-feira (5) e uma recuperação nesta terça-feira (6).
O líder de Research da Warren, Frederico Nobre, explica um pouco da movimentação, marcada por reações aos indíces de desemprego dos EUA e uma preocupação com uma possível recessão na maior economia do globo.
“A bolsa apresentou uma performance mista entre ontem e hoje. Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,46%, refletindo a aversão global ao risco, impulsionada por preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos e dados fracos de criação de empregos. O impacto da decisão do Banco do Japão, na semana passada, de aumentar as taxas, bem como as crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio, também contribuíram para o banho de sangue nos mercados financeiros”, explica.
Hoje, os mercados estabilizaram parte das perdas desta segunda-feira, conforme o clima de pânico estabilizava.
A nível nacional, a forte valorização das ações do Bradesco, após resultados trimestrais positivos, ajudou a limitar as perdas do índice da B3, que acabou performando melhor do que os demais índices globais de ações. “Essa performance superior ao mercado de equities global, também pode ser oriunda de uma rotação setorial, com investidores reduzindo suas posições em ações de momentum e crescimento, especialmente no setor de tecnologia, e alocando recursos em setores de valor, nos quais a bolsa brasileira tem um peso relevante”, adiciona.
Hoje, o Ibovespa registrou alta de 0,86%, impulsionado pela continuidade do bom desempenho dos bancos, especialmente o Bradesco, e pela melhora no ambiente externo, com Wall Street apresentando ganhos ao redor de 1%.