Pela primeira vez desde o começo do ano, os analistas do mercado financeiro preveem uma queda dos juros neste ano que estão em 14,25% e podem ser elevados entre 0,50 e 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, nesta semana.
Segundo o Relatório Focus desta segunda (5), o mercado financeiro prevê que a taxa básica de juros Selic pode terminar o ano em 14,75% (veja na íntegra), contra os 15% previstos até a semana passada desde o dia 10 de janeiro. A expectativa de redução ainda neste ano mostra o início do fim do aperto monetário para segurar o avanço da inflação.
Aliás, a própria inflação tem uma nova expectativa de queda pela terceira semana consecutiva, que deve chegar a 5,53% neste ano. Apesar de ainda estar acima do teto da meta de 4,5%, o índice apontado nesta semana já é 0,08 ponto percentual do estimado há um mês.
Analistas do mercado financeiro apontam que essa queda da inflação e, agora, dos juros é resultado da política de austeridade que o Banco Central vinha adotando desde o ano passado quando começou a elevar os juros a partir de meados de novembro.
Com isso, a expectativa é de que a inflação comece a convergir para a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a partir do ano que vem:
- 2025: 5,53%;
- 2026: 4,51%;
- 2027: 4%;
- 2028: 3,8%.
Já os juros devem ser reduzidos ainda mais no ano que vem, chegando a 12,5%, passando a 10,5% em 2027 e a 10% em 2028.
O mercado financeiro também já prevê para baixo a média do câmbio do dólar neste ano, ficando em R$ 5,86, mas subindo para R$ 5,91 em 2026. Apenas em 2027 e 2028 é que volta a ter uma redução para R$ 5,85. E a expectativa é de que a economia cresça 2% neste ano, 1,70% em 2026, e 2% em 2027 e 2028.
* Com informações da Gazeta do Povo.