Mercado de plantas ornamentais segue retraído, aponta associação

Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

18/09/2018 - 07:09 - Atualizada em: 18/09/2018 - 09:37

Levantamento recente do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura) estima que o setor de produção de flores e plantas ornamentais deve crescer entre 7% e 8% no Brasil neste ano.

Mas, a previsão considerada altamente otimista, não é compartilhada pela Proplant (Associação de Produtores de Plantas Ornamentais), de Corupá – maior produtor do setor na região.

De acordo com o presidente da entidade corupaense, Éderson Basagni, essa projeção refere-se às plantas baratas e pequenas, como orquídeas, por exemplo. Mesmo assim, ele acredita que esse crescimento não deverá passar dos 3%.

Produtor há mais de 30 anos, Basagni destaca que o mercado continua retraído no que diz respeito às plantas destinadas ao paisagismo.

“Plantas de pequeno porte, um vasinho de violetas, orquídeas, o pessoal compra, para enfeitar, presentear a mãe, para o Dia dos Namorados… Mas o nosso segmento – do paisagismo – só anda bem quando o mercado imobiliário está aquecido”, ressalta.

Pouco investimento

Basagni destaca que plantas de pequeno porte são comercializadas, mas não há grande investimento em paisagismo | Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Segundo o representante da Proplant, a realidade é bem diferente do que as pesquisas mostram, já que o investimento paisagístico em praças, condomínios, loteamentos e outros espaços não está acontecendo.

“Para nós, estimo um crescimento de 1% a 1,5%, pois nosso segmento depende de obras. Plantas pequenas o pessoal sempre vai comprar, mas os grandes investimentos dependem da melhora na economia”, salienta.

O setor de construção civil teve a maior queda no PIB (Produto Interno Bruto) de 2017 no país, o tombo foi de 5%.

No levantamento, a Ibraflor apontou o surgimento de variedades com maior produtividade e a venda nos supermercados como fatores para o crescimento do setor.

Basagni diz que São Paulo é o maior produtor e o maior consumidor de plantas ornamentais do país e que, em sua opinião baseada em conversas com produtores paulistas, o estudo visa estimular maior investimento no setor.

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