Mercado de carnes nobres em plena expansão em Joinville

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/12/2017 - 10:12 - Atualizada em: 15/12/2017 - 10:55

Ao afirmar que “empreendedores são aqueles que entendem que há uma pequena diferença entre obstáculos e oportunidades e são capazes de transformar ambos em vantagem“, o historiador e filósofo Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) certamente não quis mandar um recado aos brasileiros e tampouco previa a crise política, econômica e ética que, tantos séculos depois, afetaria o país.

Fato é que o ensinamento tem servido como uma luva para empreendedores brasileiros de pequeno e médio porte que, em tempos de crise, conseguem enxergar as melhores oportunidades de negócios. O empresário Marco Colella, que há 15 anos mora em Santa Catarina, é um deles.

No auge do escândalo envolvendo grandes players do setor agropecuário no Brasil, ele está apostando suas fichas justamente neste mercado. O pulo do gato foi escolher uma plataforma global de negócios para o comércio exterior, como Joinville, e um nicho de mercado que não para de prosperar: o de carnes especiais.

Empresário do ramo de comércio exterior com conhecimento em finanças, compras internacionais e processos de importação e exportação, Colella decidiu abrir o leque e inaugurou em Joinville a Steak Ville, uma loja de carnes especiais. Instalada no bairro América (rua Max Colin, 1.465), a loja está preparada para atender aos mais exigentes apreciadores de carne.

Estamos focados em um público que não abre mão da qualidade e de produtos diferenciados, seja no dia a dia ou em eventos sociais e familiares. Por isso, vamos oferecer carnes nobres e selecionadas, de raças consagradas na gastronomia mundial e agora disponíveis para clientes e consumidores brasileiros”, diz.

Com o segmento de carnes especiais e cortes premium em ascensão, o investimento inicial planejado para o primeiro ano de operação da loja é de R$ 1 milhão, incluindo serviços de arquitetura no local, adequação de infraestrutura operacional, instalações, licenças, contratação de mão de obra, treinamento de equipes, sistemas de informações, automação comercial, estoques de mercadorias, assessoria consultiva ao negócio e de relacionamento com o mercado em geral. A previsão é que o investimento seja recuperado em 18 meses, com a tendência de melhoria do cenário político-econômico no Brasil.

A perspectiva está baseada em estudos e análises de mercado como o relatório divulgado pelo Departamento de Crédito e Estudos Econômicos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

De acordo com o levantamento Projeções do Agronegócio – Brasil 2015/16 a 2025/26”, o crescimento estimado para o consumo de carne bovina é de pelo menos 1,5% ao ano na próxima década e, no caso do frango, 2,6% ao ano. A carne suína também continua no prato dos brasileiros, com taxa anual de crescimento de 2,4% no período.

De olho no mercado externo

A aposta do empresário não está concentrada apenas no comércio local. Com know-how e expertise em importação e exportação, Colella admite que já está de olhos bem abertos para o mercado nacional e externo. “Santa Catarina é um estado com excelente potencial para o agronegócio. Além de um rebanho livre de febre aftosa sem vacinação e da vocação para exportação, conta com cinco portos, sendo um deles, em Itajaí, um dos principais operadores do país com contêineres refrigerados”, comenta.

Atento a mercados e consumidores cada vez mais exigentes como Estados Unidos, Europa e Ásia, ele diz que o agronegócio, especialmente o segmento de carnes, contempla nichos de grande potencial e oportunidades, incluindo carnes especiais. “Além disso, temos o conhecimento e a expertise necessária para auxiliar executivos, empresas e empresários, de pequenos e médios frigoríficos, no comércio internacional da carne e derivados”, revela.

Ainda de acordo com o estudo Projeções do Agronegócio”, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações de carnes tendem a crescer. “As carnes de frango e de suínos lideram as taxas de crescimento anual das exportações para os próximos anos – a taxa anual prevista para carne de frango é de 3,3%, e para a carne suína, 3,5%.

O crescimento das exportações de carne bovina deve situar-se numa média anual de 3%. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2017) classifica o Brasil em 2026 como primeiro exportador de carne bovina, sendo a Austrália o segundo, seguida pela Índia e Estados Unidos De acordo com o estudo, as exportações de carnes ao final do período das projeções devem chegar a quase 10 milhões de toneladas, um aumento de 37,5%”, aponta o relatório.

*Via Assessoria de Imprensa

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