Mais de R$ 1 bilhão do abono salarial está parado, sem ser sacado

Foto: Agência Brasil

Por: Pedro Leal

29/06/2021 - 09:06 - Atualizada em: 29/06/2021 - 09:53

Cerca de 1,8 milhão de trabalhadores não efetuaram o saque do abono salarial de exercícios anteriores, deixando cerca de R$ 1,2 bilhão esquecidos na conta, valores que ficarão disponíveis por até cinco anos.

Nesta quarta-feira (30), termina o prazo para sacar o benefício. Como o governo federal mudou o calendário, o próximo será aberto apenas em janeiro de 2022.

Segundo a Caixa, responsável pelo PIS, somente no exercício de 2020/2021, 327,6 mil beneficiários deixaram de resgatar o benefício, somando R$ 214 milhões – além de valores esquecidos de exercícios anteriores.

O total previsto é de R$ 17 bilhões para 22,2 milhões trabalhadores.

Responsável pelo Pasep, o Banco do Brasil liberou o abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores, totalizando R$ 2,6 bilhões.

Cerca de 2,5 milhões de trabalhadores já fizeram o saque do benefício, totalizando R$ 2,5 bilhões. Ainda não sacaram cerca de 140 mil trabalhadores, o que representa um saldo de R$ 95 milhões.

O calendário de pagamento terminou em 9 de fevereiro, mas o saque pode ser realizado até 30 de junho de 2021. “Os benefícios não recebidos até a data limite serão novamente disponibilizados no próximo calendário, a partir de janeiro de 2022”, afirma a Caixa, em nota.

A Secretaria de Trabalho, do Ministério da Economia, afirma que é assegurado ao trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos.

Os valores não sacados até esta quarta-feira serão disponibilizados para pagamento nos calendários dos exercícios seguintes, até completar o prazo de cinco anos.

Quem tem direito e ainda não sacou o benefício poderá buscar orientações em uma das unidades de atendimento da Secretaria de Trabalho ou entrar em contato com a central de atendimento 158, para se informar sobre as medidas que deverá tomar.

Enquanto isso, o dinheiro não retirado vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), fonte usada para pagamento de benefícios como o abono e o Seguro-Desemprego.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).