Maior resgate de dinheiro esquecido é de quase R$ 3 milhões, aponta BC

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

16/09/2024 - 15:09 - Atualizada em: 16/09/2024 - 17:58

O maior saque de “dinheiro esquecido” por uma pessoa física chega a quase R$ 3 milhões, informou o Banco Central do Brasil (BC) na última sexta-feira.

O resgate, de R$ 2,8 milhões, foi feito em julho de 2023, após consulta no Sistema de Valores a Receber (SVR), ferramenta que mostra valores deixados para trás por clientes em instituições financeiras.

As informações são do portal G1.

O segundo valor mais alto sacado por pessoa física foi de R$ 1,6 milhão, em março de 2022. Já o terceiro maior montante foi de R$ 791 mil, em março de 2023.

Entre pessoas jurídicas, o maior valor foi de R$ 3,3 milhões, resgatado em março de 2023; O segundo maior, de R$ 1,9 milhão, em junho de 2023; O terceiro, de R$ 610 mil, em setembro de 2024.

Atualmente, ainda há R$ 8,56 bilhões disponíveis para resgate no SVR. No sistema, é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum “dinheiro esquecido” em banco, consórcio ou outra instituição.

Caso um projeto de lei já aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados seja sancionado pelo presidente Lula (PT), titulares de “dinheiro esquecido” terão até 30 dias para sacar os valores. Depois desse prazo, os recursos serão direcionados ao Tesouro Nacional.

Segundo o BC, 931.874 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 para sacar. Além disso, 5,1 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 32,9 milhões de pessoas.

  • Acima de R$ 1.000,01: 931.874 contas | 1,78% do total;
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 5.163.716 contas | 9,88% do total;
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 13.226.589 contas | 25,32% do total;
  • Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 32.919.730 contas | 63,01% do total.

A consulta e a solicitação de resgate dos valores é feita exclusivamente pelo site https://valoresareceber.bcb.gov.br. Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução.

Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).