Luciano Hang se encontra com Elon Musk durante agenda do bilionário com governo brasileiro

Por: Pedro Leal

20/05/2022 - 15:05 - Atualizada em: 20/05/2022 - 15:06

Cumprindo agenda no Brasil nesta sexta-feira, o empresário Elon Musk prometeu via Twitter levar o seu serviço de internet via satélite, Starlink, à mais de 19 mil escolas rurais no país. Musk não deu detalhes sobre os serviços que pretende prestar e nem quando isso aconteceria, segundo informações do G1 – segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, Musk veio “para tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia”.

O Brasil já tem mecanismos tecnológicos para monitoramento da Amazônia. Desde 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, recebe e processa os dados sobre perda de floresta. As imagens são obtidas via satélite e o nível de precisão é de 95%, segundo o próprio instituto.

Parte da delegação de empresários que recebeu Musk no Brasil, o empresário catarinense Luciano Hang, da Havan, descreveu o empresário sul-africano como “um exemplo para todos nós”.

“Um dia muito importante para o Brasil e para mim. Feliz demais em poder conhecer pessoalmente Elon Musk, uma pessoa que acredita no empreendedorismo, na inovação e na Liberdade. Um verdadeiro entusiasta, que vai além de sonhar, ele realiza! Um exemplo para todos nós. Espero que essa aproximação com o nosso país traga muitas coisas boas para o Brasil. Nossa nação tem tudo para dar certo e o povo brasileiro merece o melhor”, disse Hang.

O ministro Dias Toffoli, do STF, acompanha o encontro. Em nota, o gabinete de Toffoli informou que ele esteve no encontro por causa da participação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no “Projeto Conecta Amazônia”, que faz parte da agenda de visita de Musk ao Brasil.

“O CNJ participou ativamente do projeto, que tem o objetivo, dentre outros, de ampliar a qualidade dos serviços digitais para o acesso à Justiça na região Norte do país”, afirmam.

O gabinete do ministro esclareceu ainda que o Projeto Conecta Amazônia foi lançado quando ele presidia o CNJ e que o conselho ajudou a por a iniciativa em prática.

Em janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu o direito de exploração no Brasil de satélite estrangeiro não-geoestacionário de baixa órbita para a Starlink, sistema de satélites da SpaceX, de Musk. Com isso, a empresa vai poder oferecer seu serviço de internet em todo o território brasileiro, com direito de exploração até 2027.

A autorização da Anatel foi concedida após reunião do ministro Fábio Faria com Musk nos Estados Unidos, em novembro do ano passado.

Em fevereiro deste ano, o governo do Amazonas também informou manter contato com a SpaceX para a instalação de tecnologia da empresa do bilionário no estado. Musk já havia manifestado interesse em iniciar operações da Starlink na região.

Na manhã desta sexta, em uma conversa com alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Musk foi questionado sobre como poderia garantir que as operações da Starlink na Amazônia promovam a proteção da floresta e a privacidade dos dados coletados.

O magnata disse que a Starlink tem uma política bem rigorosa dos dados: “Mesmo que quiséssemos, não saberíamos qual dado pegar”, afirmou. “Sobre proteger a Amazônia, temos que usar os dados, porque a Amazônia é gigantesca. Se você tentar fazer um monte de fotos e vídeos para entender o que esta acontecendo, a quantidade de dados a ser transmitida será enorme, então, precisamos dessa conectividade para monitorar a Amazônia efetivamente.”