Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro extinguiu o horário de verão, encerrando a “hora extra” de sol. Agora, associações empresariais enviaram um ofício exigindo a retomada do horário de verão.
O movimento é encabeçado por Fábio Aguayo, diretor da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), que inclui entidades como a catarinense FHORESC – Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina – e ganhou na última semana um aliado de peso: Luciano Hang, o dono da rede varejista Havan.
Hang, um dos empresários mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, publicou nas redes sociais que o maior tempo de sol traz bons resultados para a economia do país.
Recebi a notícia que associações empresariais enviaram um ofício ao Governo Federal pedindo o retorno do horário de verão. Eu apoio! O fato de ganharmos uma hora durante o dia influencia positivamente toda economia. E você, é a favor ou contra o horário de verão? pic.twitter.com/47Y5dYQaHU
— Luciano Hang (@LucianoHangBr) July 3, 2021
Em conversas privadas, ele já havia questionado anteriormente a decisão do governo – mas agora, expressa este descontentamento de forma pública.
A justificativa de Bolsonaro para acabar com o horário de verão, por decreto, foi que a mudança mexia com o relógio biológico dos trabalhadores, afetava a produtividade e não trazia ganho significativo em economia de energia elétrica.
Segundo empresários do setor de turismo, hospedagem, bares e restaurantes, o horário de verão aumentava em até 30% a movimentação e pode representar um incremento importante, especialmente diante dos prejuízos causados pela pandemia.
A mudança nos relógios durante a época mais quente do ano funcionou ininterruptamente no Brasil entre 1985 e 2019.