Lideranças empresariais de Jaraguá do Sul traçam as perspectivas econômicas para 2020

Por: Pedro Leal

23/01/2020 - 05:01

2019 foi marcado por um cenário positivo e o estabelecimento das fundações legais necessárias para garantir a retomada do crescimento em 2020 e nos próximos anos.

Esta é a avaliação do presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Anselmo Ramos, e do vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para o Vale do Itapocu, Célio Bayer.

A demora para a aprovação e implementação das reformas pró-mercado, avalia Ramos, foi o principal motivo para o desempenho ainda tímido da economia percebido no ano que passou.

“Espera-se que em 2020, haja uma retomada com maior celeridade, caso as propostas dos dirigentes da pasta da economia sejam colocadas em prática”, nota.

A falta de clareza dos planos para a economia e de ações neste sentido em Santa Catarina fizeram com que os investimentos privados ficassem abaixo do seu potencial na avaliação do empresário.

“O governo estadual precisa sair da caserna e apresentar suas estratégias para que o Estado reencontre os caminhos para a retomada do crescimento. Assim, os empreendedores poderão experimentar o maior combustível que os move, que é a confiança”, afirma Ramos.

Bayer destaca que em 2019 o país fez avanços no médio e longo prazo.

“A reforma da previdência e a aprovação da lei de liberdade econômica já refletem em alguns investimentos em infraestrutura que poderão se acentuar em 2020 e nos próximos anos”, explica o industriário.

“Em Santa Catarina, também houve avanços, notadamente em relação à lei de redução do ICMS para 12%, o que projeta uma maior capacidade de competitividade da indústria catarinense frente a outros estados onde havia uma desigualdade de tratamento tributário”, comenta.

Desafios para este ano

Segundo Bayer, o principal desafio da indústria para 2020 e nos próximos anos é justamente de ajuste às novas demandas mundiais, seja em inovação, na melhoria da gestão e na qualificação de seus trabalhadores.

“São tarefa às quais à Fiesc tem busca contribuir. Graças a esta capacidade de mobilização da indústria catarinense, o Estado se manteve forte em sua economia e se destacando como uma das unidades da federação que alcançaram os melhores resultados no ano que passou”, nota.

O estado fechou 2019 com crescimento de 2,3% na atividade industrial, segundo os dados mais recentes da entidade – que seguem até o trimestre fechado em novembro – enquanto Brasil teve uma queda geral de 1,3%.

“Este desempenho dá esperanças de que o Brasil inicie um novo período de crescimento, com inflação baixa e com juros também favoráveis para novos investimentos”, conclui Bayer.

O presidente da Acijs adiciona que é necessária uma reestruturação dos chamados gastos obrigatórios pelo governo, área em que o Estado tem dificuldades em honrar compromissos por falta de controle.

“Um Estado menor e mais eficiente levará à retomada de investimentos que o País precisa para alavancar a sua economia e com isto haverá também recursos públicos para setores onde os indicadores mostram comprometimento da receita na atenção àquilo que constitucionalmente é função precípua do poder público”, garante.

 

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