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Jovens priorizam salário, possibilidade de crescimento e benefícios, mostra pesquisa

Foto: Mauricio Vieira/Arquivo/Secom

Por: Pedro Leal

04/11/2025 - 16:11 - Atualizada em: 04/11/2025 - 16:15

Uma pesquisa do SESI e do SENAI nacionais com 1,9 mil jovens de 14 a 29 anos, de todos os estados, mostra que as novas gerações priorizam cada vez mais a autonomia, a remuneração e o propósito como critérios para definir caminhos profissionais.

Os fatores mais determinantes para a escolha de vagas são salário (41%), possibilidades de crescimento (21%) e benefícios complementares (20%).

Remuneração baixa (50%) e estresse no ambiente de trabalho (28%) são os principais motivos para a troca de emprego.

Confira as 1.475 vagas de emprego desta semana em Jaraguá do Sul

“Os dados mostram que o salário abre a porta e atrai os jovens no início, mas é o respeito que mantém o engajamento, o propósito que sustenta o comprometimento e o plano de carreira que garante a permanência”, diz o diretor superintendente do SESI, Paulo Mol.

“Mais do que se adaptar às transformações do mercado, a nova geração busca participar delas. O desafio é conectar esta disposição com oportunidades de formação e trabalho, unindo significado, segurança e futuro”, diz o diretor-geral do SENAI, Gustavo Leal.

Remuneração é mais importante que flexibilidade de horário

Para 66% dos jovens, o modelo híbrido é atrativo. Entretanto, o salário ainda pesa mais que a flexibilidade: 55% dos entrevistados não topariam uma jornada de trabalho com horários mais flexíveis e remuneração mais baixa, mesmo que isso significasse mais tempo para atividades pessoais.

Jovens querem continuar estudando e se qualificando

O estudo também mostra que o desejo de evoluir profissionalmente se reflete na relação com a educação: 79% querem continuar estudando e 88% aceitariam participar de cursos técnicos, graduações ou microcertificações gratuitas.

Jovens têm interesse em trabalhar na indústria

Quase metade dos jovens brasileiros tem interesse em trabalhar na indústria (49%), sobretudo os homens. O percentual dos que já procuraram vaga no setor é de 41% entre aqueles de 25 a 29 anos. Isso mostra que, com o amadurecimento profissional, a indústria passa a ser considerada uma opção mais relevante.

O setor é percebido como um empregador sólido e de bom retorno financeiro. A longo prazo (20 anos), 53% dos jovens acreditam que a indústria pode satisfazer suas pretensões financeiras e de carreira.

As entrevistas foram realizadas entre 4 e 20 de setembro de 2025; intervalo de confiança é de 95%

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto de Pesquisa Nexus. Foram entrevistados, presencialmente, 3.505 cidadãos com idade entre 14 e 59 anos, nas 27 unidades da federação.

Do total de entrevistas, 1.958 foram realizadas com jovens entre 14 e 29 anos e 1.547 com pessoas de 30 a 59 anos. A margem de erro no total da amostra é de 2 p.p., com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre 4 e 20 de setembro de 2025.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).