Jaraguá terminou ano com 288 novos postos e SC lidera ranking

Foto Divulgação/OCP

Por: Pedro Leal

27/01/2018 - 05:01 - Atualizada em: 27/01/2018 - 14:00

Jaraguá do Sul fechou 2017 com um saldo positivo de geração de emprego: com um total de 22.297 postos abertos e 22.009 fechados, o município encerrou o ano com 288 empregos gerados. Embora positivo, o resultado veio no final de uma sequência de três meses de perdas de postos de trabalho: depois de encerrar oito postos em outubro e 81 em novembro, dezembro viu o fechamento de 1.555 postos no município.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (26). A geração de empregos do mês foi capitaneada pelo comércio, com 353 postos, enquanto os desligamentos foram puxados pela indústria de transformação: 1.145 empregos. No ano, o saldo foi carregado pelo comércio, com 406 novos postos, seguido pelo setor de serviços, com 104.

Líder na geração de empregos na região, a indústria de transformação demitiu 1.145 trabalhadores no mês de dezembro, contratando outros 114. No ano, foram 9.692 trabalhadores contratados pelas indústrias em Jaraguá do Sul, enquanto 9.860 foram dispensados. Apesar da recuperação da economia, o setor demitiu 168 pessoas a mais do que admitiu no ano.

DEZEMBRO TEVE SALDO NEGATIVO NA MICRORREGIÃO

O resto da microrregião fechou dezembro com saldos negativos, quase todos os casos compensados pelo resto do ano. Com 147 admissões e 341 desligamentos, Guaramirim perdeu em dezembro mais postos líquidos do que abriu: 194, com ganho apenas no setor de construção civil, com cinco postos gerados. No ano, no entanto, o município viu a criação de 418 postos de trabalho, após 4.692 desligamentos e 5.110 admissões.

Em Massaranduba, foram apenas 40 admissões em dezembro, com 182 trabalhadores desligados. O ano também viu resultado negativo, com 1.854 desligamentos e 1.804 admissões. O município foi o único a encerrar o ano com saldo negativo, com menos 50 vagas.

Corupá encerrou 2017 com 48 novos postos, após 1.543 admissões e 1.495 desligamentos ao longo do ano, apesar do saldo negativo de 143 vagas em dezembro, com apenas 36 admissões e 179 demissões.

Schroeder demonstrou comportamento similar: dezembro teve quatro vezes mais demissões do que admissões – 173 contra 42 – e encerrou com saldo negativo de 131 empregos, mas o ano encerrou com soma positiva: 1.751 admissões e 1.567 desligamentos, adicionando 184 cargos formais à cidade.

ESTADO FOI LÍDER NACIONAL 

Com 29,4 mil postos de trabalho formais abertos ao longo do ano passado, Santa Catarina ficou em primeiro lugar no país na geração de empregos. O resultado foi seguido por Goiás (25.370), Minas Gerais (25.370) e Mato Grosso (24.296). Os setores que mais se destacaram foram a indústria (com 12.443 vagas), o segmento de serviços (11.163) e o comércio (7.886). Os municípios que mais contribuíram para o resultado do ano foram Joinville (5.588), São José (2.517) e Chapecó (1.589).

O governador Raimundo Colombo, que está em missão oficial nos Estados Unidos, comemorou o resultado. “Com certeza esta é maior conquista de 2017, nosso bom estado foi que mais gerou emprego no país. Isso mostra que nossa estratégia está certa, ao tomar decisões como não aumentar impostos para promover a competitividade do estado”, afirmou Colombo.

O governador ressaltou também a importância da tradição empreendedora catarinense para o bom desempenho. “Gostaria de cumprimentar todos os empreendedores, desde quem abriu uma pequena loja até os que estão à frente das maiores empresas, porque todos contribuíram para dar mais segurança à população do estado”, acrescentou.

O estado se manteve com saldo positivo mesmo com perda de 22.278 postos em dezembro. O resultado negativo do mês foi puxado pela perda de vagas na indústria da transformação (-15.182), administração pública (-4.069), construção Civil (-3.043), agricultura (-1.282) e em serviços (-1.253).

PAÍS PERDEU 20 MIL EMPREGOS NO ANO 

O saldo positivo de Santa Catarina por si só praticamente compensa pelo saldo negativo do país em 2017: com 14.635.889 admissões, e 14.656.731 demissões, o país perdeu 20.832 postos de emprego em 2017. Além das 19.900 funções encerradas na indústria, foram fechados 103 mil postos na construção civil e 5.868 cargos na área extrativa mineral. O saldo não foi pior por conta do resultado positivo dos setores de comércio (40.087 cargos), serviços (36.945) e agropecuária (37.004).

Em dezembro, o saldo foi ainda mais negativo: para cada três admissões no mês, quatro trabalhadores foram dispensados, resultando em 910.586 admissões e 1.239.125 demissões. O saldo negativo do mês, de 328.539, foi puxado primariamente pela indústria, com 110.255, e serviços, com 107.535. Somente o comércio teve saldo positivo no mês, marcado por vagas sazonais, com 6.355 cargos gerados.

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