Jaraguá do Sul registra alta de quase 28% nas exportações no mês de junho

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

11/07/2018 - 05:07 - Atualizada em: 12/07/2018 - 10:25

Enquanto as exportações estaduais registram queda de 6,3% na comparação com junho do ano passado, em Jaraguá do Sul, mesmo com o impacto da greve dos caminhoneiros no final de maio, o resultado para o mês foi positivo, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

As exportações para o sexto mês do ano somaram US$ 61,6 milhões, resultado quase 28% superior do que o registrado no mesmo mês de 2017 e 65,4% maior do que o registrado em maio, de U$ 37,2 milhões.

O montante corrente do ano soma US$ 289,2 milhões em exportações, 2% a mais do que o registrado no mesmo período de 2017. Isto levando em conta o resultado negativo de maio, com queda de quase 40% nas exportações em comparação com o ano anterior e com resultado pior do que o de todos os meses do ano anterior, salvo por janeiro.

No eixo das importações, o resultado do mês de junho foi 19% superior ao de maio e 12% superior ao de junho do ano passado, totalizando US$ 29,8 milhões. O ano acumula US$ 158,1 milhões em importações, 3,85% a mais do que no primeiro semestre do ano passado.

O saldo segue fortemente positivo em Jaraguá do Sul: a balança registrou superávit em cinco dos seis meses do ano, com déficit apenas em janeiro, de US$ 1,640 milhão. Junho registrou superávit de US$ 31,7 milhão, resultado 50,4% superior ao do mesmo mês de 2017, enquanto o ano soma US$ 131,1 milhões positivos na balança. O mês de janeiro foi o primeiro resultado negativo da balança desde o começo de 2017, e o município não fechou nenhum ano deficitário na série histórica do ministério, iniciada em 2000.

Santa Catarina registra queda

Santa Catarina fechou o mês de junho com queda de 6,3% nas exportações na comparação com junho passado, somando US$ 692,16 milhões. Em 2017, entraram US$ 738,6 milhões como resultado de exportações do estado. O resultado do mês foi 6,83% superior ao de maio, com US$ 647,910 milhões. O semestre soma US$ 4 bilhões em exportações.

As importações registraram padrão inverso, crescendo 20,6% na comparação com maio e 26,4% em comparação com junho do ano passado. O mês acumulou US$ 1,386 bilhão em importações, contra US$ 1,139 bilhão em maio e US$ 1,082 bilhão em junho passado.

O estado segue deficitário desde 2009, e até o fim de junho 2018 esse saldo negativo fica em US$ 3,42 bilhões. O mês registrou déficit de US$ 676 milhões.  2017 encerrou o ano com déficit de US$ 4,073 bilhões – o resultado do primeiro semestre sozinho representa 85% do déficit de todo o ano passado.

Exportações são dominadas por bens de capital

As exportações de Jaraguá do Sul seguem lideradas fortemente por bens de capital, especificamente no setor de eletromotores: motores e geradores elétricos respondem por 71,3% das exportações do município, totalizando em 2018 US$ 206,4 milhões. Na sequência vem as partes de reposição e montagem para os mesmos, com 5,93% das exportações.

A terceira posição é do mesmo setor: transformadores elétricos e bobinas de resistência, 5,71% do montante. Em quarto, mais uma parte do setor de eletromotores: aparelhos para interrupção, seccionamento ou isolamento de circuitos elétricos, com 2,62% das exportações, em US$ 7,574 milhões. Juntos, estes quatro itens respondem por 85,63% das exportações.

O quinto colocado é o primeiro na lista a não ser parte do setor de eletro motores: máquinas de lavar louça e máquinas para lavar e secar garrafas, com 2% do volume, em US$ 5,842 milhões. O item é desenvolvimento pela indústria de automação.

Os dez principais produtos de exportação em Jaraguá do Sul:

  1. Motores e Geradores Elétricos – US$ 206,4 milhões;
  2. Partes de geradores e motores elétricos – US$ 17,160 milhões;
  3. Transformadores e bobinas – US$ 16,503 milhões;
  4. Aparelhos para interrupção, isolamento ou seccionamento de circuitos elétricos – US$ 7,574 milhões;
  5. Máquinas de lavar louça, para lavagem e secagem de garrafas, entre outras funções – US$ 5,842 milhões;
  6. Instrumentos para regulação e controle, automáticos – US$ 4,004 milhões;
  7. Poliacetais e poliéteres – US$ 2,679 milhões;
  8. Outros tecidos de malha – US$ 2,153 milhões;
  9. Fitas sem trama – US$ 1,729 milhão;
  10. Tecidos de malha com largura superior a 30 centímetros e mais de 5% de seu peso em borracha – US$ 1,720 milhão.

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