Na última semana, O Correio do Povo trouxe uma matéria sobre os resultados da balança comercial de Jaraguá do Sul, com foco nos principais produtos exportados e principais destinos dos US$ 473,88 milhões que o município exportou desde o começo do ano.
Não abordado naquela matéria estava a origem e o tipo de produto que dominou as importações no ano, em US$ 283,75 milhões.
O montante de importações do município cresceu 7,8% em comparação com o período de janeiro a outubro de 2017, quando somava US$ 264,14 milhões.
O município é o 9º maior importador do Estado e 110º maior importador do país, segundo os dados do Ministério da Indústria, comércio exterior e serviços.
Importações
- 2017 – US$ 264,14;
- 2018 – US$ 283,75.
Variação 7,8%.
Insumos e maquinário lideram importações
O perfil de importação de Jaraguá do Sul é marcado por um forte aporte de insumos fabris e matérias primas, com pequena participação de bens de consumo direto – responsáveis por pouco mais de US$ 6 milhões, com US$ 1,03 milhão em mercadorias e produtos diversos, US$ 1,29 milhão em bijuterias, US$ 937,68 mil em louças, US$ 2 milhões em artigos de vestuário e US$ 848,7 mil em calçados e chapéus.
O município também importou US$ 8,63 milhões em alimentos e bebidas. Como ocorre com as exportações, em que o setor elétrico predomina, há uma forte predominância do setor no perfil de importações de Jaraguá do Sul.
O município importou um total de US$ 93,16 milhões em partes, componentes e materiais para maquinário elétrico ao longo de 2018, US$ 5 milhões a mais do que em 2017.
O setor é seguido pelo setor têxtil, incluso nele a parte dos bens de consumo: foram US$ 43,58 milhões em importações de tecidos, linhas, malhas, roupas e outros artigos e insumos para o setor, que registra queda de 6,68 milhões em comparação com o ano passado.
Em terceiro e em quarto lugar nos setores importados estão plásticos, com US$ 47,37 milhões, e metais, com US$ 36,38 milhões. Os números incluem matérias primas e partes usadas pela indústria local. Os dados demonstram um forte uso de materiais e insumos estrangeiros.
Infografia por setor
China é o principal fornecedor
Sozinha, a China é responsável por 28% do volume de importações do município, em um total de US$ 80,3 milhões, mais do que o triplo do segundo colocado no ranking de parceiros comerciais da cidade, a Alemanha, com 9% do bolo, em US$ 25,57 milhões, e mais de quatro vezes mais do que o terceiro colocado, os EUA, com 6,2%, em US$ 17,66 milhões.
Além dos US$ 80,3 milhões da China, o bloco asiático responde por outros US$ 65,17 milhões, totalizando US$ 145,47 milhões, mais da metade do total de importações do município.
Só um outro integrante do bloco, Indonésia, chega a ultrapassar a marca dos 5%. Somando US$ 14,89 milhões, as importações originárias do país caíram 22% desde o ano passado.
A União Europeia compõe o segundo maior bloco fornecedor de Jaraguá do Sul, somando US$ 68,85 milhões, seguido pela América do Sul, em US$ 31,06 milhões.
Dois países dominam os produtos originários do bloco: Argentina e Chile, ambos com US$ 12,6 milhões, sendo que o segundo registrou crescimento de 158,4% em comparação com o ano passado, quando somavam US$ 4,89 milhões, com crescimento de US$ 3,83 milhões na comparação com o mesmo período de 2016.
Os EUA lideram o bloco da América do Norte – só US$ 1,49 milhão das importações oriundas do bloco não vieram do país, com US$ 443 mil de produtos canadenses e US$ 1,44 milhão de produtos mexicanos.
Embora não tivesse participação expressiva nas exportações, o Oriente Médio desponta com participação de US$ 17,79 milhões, quase todos oriundos da Árabia Saudita – os sauditas respondem por US$ 16,65 milhões em produtos enviados para Jaraguá do Sul.
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