Internacionalização é a base da competitividade no mercado de alimentos, diz debate da Fiesc

Foto Agência Brasil

Por: Pedro Leal

18/08/2020 - 09:08 - Atualizada em: 18/08/2020 - 09:53

Os desafios para a indústria de alimentos se fortalecer e exportar para grandes mercados como os Estados Unidos estiveram no centro dos debates em transmissão realizada no canal do Youtube da Fiesc nesta segunda-feira (17).

Na live, que contou com a mediação da presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação, Maria Teresa (Maitê) Bustamante, o presidente da Cassava Alimentos, André Odebrecht, e o gerente de negócios da empresa, Messias Bicca, expuseram como a empresa catarinense com mais de seis décadas conseguiu se destacar no desenvolvimento de soluções em amido de mandioca, conquistando importantes parceiros nacionais e internacionais.

“Sempre procuramos a renovação, estivemos em busca de profissionais diferenciados e de um negócio que pudesse agregar tecnologias, novos conhecimentos. Sempre visamos o mercado internacional porque, se podemos exportar, estamos aptos para qualquer mercado”, explica o presidente da empresa, André Odebrecht.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maitê Bustamante, reforça. “Internacionalização é aumentar a competitividade no ambiente interno das empresas e isso é traduzido na trajetória de sucesso da Cassava”.

A empresa de Rio do Sul exporta para a Europa, além de países como Japão e Paquistão, oferecendo um produto eclético e que pode ser utilizado em várias indústrias. Mas foi observando as tendências de consumo e renovando os processos que a Cassava conseguiu ampliar ainda mais sua atuação no exterior.

“Percebemos que, dos anos de 1990 aos anos 2000, as alergias alimentares no mundo aumentaram em 50%. A mandioca entrou nesse nicho de produto alternativo, livre de glúten e muito natural”, conta Messias Bicca.

Apostando na agilidade das transformações dos processos e produtos oferecidos, a empresa consolidou-se também no mercado norte-americano.

“Nessa onda clean label, ou seja, de etiqueta limpa, com produtos naturais e livres de glúten, rapidamente mudamos nossos conceitos na estrutura industrial e de laboratórios, reinventamos nosso processo fabril e de geração de negócios”, afirma André Odebrecht.

Hoje 50% do faturamento da empresa é de produtos novos, formados há pouco tempo e em constante evolução.

E é a essa máxima de renovação e olhar voltado ao comércio exterior e à competitividade, com o apoio do associativismo, que os profissionais atribuem o sucesso da Cassava.

“Temos que observar sempre as novas tendências, as oportunidades, e estar atentos ao que o consumidor espera de uma indústria saudável”, destaca André.

Para Maitê Bustamante, a empresa é um exemplo de que os empresários precisam estar preparados para as dinâmicas de mercado.

“Os empresários devem estar aptos para enfrentar os concorrentes, exportar e construir alianças estratégicas. E nós da FIESC trabalhamos nesse sentido, para cooperar com o industrial, para que possa se desenvolver de forma ampla e profunda”, expõe.

 

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