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Intenção de consumo cresce e é a maior para maio em SC desde 2014, aponta Fecomércio

Foto: Nilson Bastian

Por: Pedro Leal

27/05/2025 - 15:05 - Atualizada em: 27/05/2025 - 15:40

Nem mesmo o atual cenário turbulento da economia nacional, com juros reais elevados e inflação fora da meta, está freando a intenção de consumo das famílias catarinenses. Pesquisa realizada pela Fecomércio SC, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta que o índice cresceu para 114,2 pontos em maio no estado, uma pequena elevação de 0,1%. Trata-se, porém, do maior valor para o mês desde 2014.

O presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, destaca que os indicadores do primeiro semestre têm mostrado a resiliência da economia catarinense. Ele lembra que a intenção de consumo das famílias caiu em nível nacional pelo oitavo mês consecutivo, para 101,5 pontos em maio.

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“Ao mesmo tempo, a economia de Santa Catarina tem se mostrado bastante resistente. Os serviços e o comércio tiveram crescimentos bastante significativos no primeiro trimestre. A nossa temporada de verão também superou todas as expectativas, com a presença em massa dos argentinos. Agora, precisamos ficar atentos para ver os sinais de desaceleração para o segundo semestre, porém até aqui os resultados têm sido bastante positivos em 2025”, aponta Dagnoni.

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Entre os componentes da pesquisa de Intenção do Consumo das Famílias (ICF), o subindicador de perspectivas profissionais foi o que mais cresceu em Santa Catarina: 3,3%. O momento atual do emprego também registrou leve melhora (0,3%), enquanto o nível de consumo e o acesso ao crédito subiram 0,7% cada.

Os únicos componentes que tiveram queda foram a avaliação sobre a renda atual (-3%) e a intenção de comprar bens duráveis (-1,7%). Na avaliação da economista da Fecomércio SC, Edilene Cavalcanti, os dados de maio foram positivos de maneira geral, porém é necessário avaliar como os indicadores vão se comportar nos próximos meses.

“No fim do ano passado, esperava-se uma desaceleração da economia já a partir do segundo trimestre de 2025, porém isso não está ocorrendo até o momento. Sabemos que o impacto dos juros altos é maior no médio e longo prazo, por isso é necessário avaliar o quadro com mais atenção daqui para frente”, opina Edilene.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).