Inteligência de mercado ou inteligência competitiva são conceitos aplicados no mundo corporativo para tornar mais eficaz o posicionamento de qualquer negócio e satisfazer o mercado, sinaliza Alexandre Weiler, professor e consultor de carreiras, diretor de formação executiva da Esic Business & Marketing School, ao falar sobre o assunto na plenária empresarial na segunda-feira (10), no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul.
“A inteligência de mercado visa posicionar as pessoas no mercado de trabalho e ao mesmo tempo beneficia as empresas na definição de suas estratégias nos seus segmentos de atuação. De uma maneira geral, portanto, é algo que traz vantagens a todos porque se uma empresa não vai bem não há ganhos a várias áreas as quais este negócio está relacionado. Conhecer adequadamente o mercado em que atua é fundamental para que uma empresa amplie sua condição competitiva, do mesmo modo que a tecnologia traz oportunidades a todos”, assinala, lembrando que o meio on line favorece o surgimento de um enorme campo de atividades.
Para Alexandre Weiler, é importante estar atento porque estas novas oportunidades podem ser tanto físicas como virtuais, trabalhando em uma empresa ou empreendendo um negócio próprio. Segundo ele, há estudos indicando que em torno de 20% dos empregos atuais correm o risco de serem extintos, ou mesmo se simplesmente serem substituídos por aplicativos de smartphones e tabletes, nos próximos cinco anos. Num prazo de 10 anos, este percentual pode chegar a 50% ou até a 60% do emprego tradicional.
“Isto ocorre como um fenômeno natural motivado pelo avanço cada vez mais crescente da tecnologia, seja pelo conceito indústria 4.0 que introduz recursos da automação de processos e a inteligência artificial, o que faz com que em muitas atividades não seja imprescindível a presença de pessoas para que estas operações de fato ocorram do mesmo modo que antes”.
Alexandre se utiliza de uma metáfora para exemplificar o sentido prático do que a tecnologia representa para as pessoas: “Somos surfistas olhando as ondas que vêm ao nosso encontro. Precisamos saber quando embarcar na onda certa, saber surfar do jeito certo para tirar proveito desta onda boa. Não adianta se esconder porque ela vai nos pegar de um jeito ou de outro”, diz, sugerindo que as pessoas devem se preparar, estudar e trabalhar com foco nos novos tempos, sem receio de mudanças e observando o que ocorre no mercado e que de algum modo provoca a transformação da sociedade. “O receio que tivermos de mudanças não fará com que elas deixem de acontecer porque fomos atropelados ou porque temos dificuldades de as entendermos. A dica é se reinventar, mostrar que temos totais condições de nos desenvolvermos com as oportunidades que surgem”.
O especialista falou ainda sobre o perfil de empreendedorismo que, segundo ele, na região de Jaraguá do Sul sempre foi voltado à inovação. “O conceito de inovação não significa que se abandone o que já foi feito com sucesso lá atrás. A experiência alcançada por uma matriz econômica que deu certo é fundamental, conciliar esta condição de contar com pessoas mais tradicionais com outras de pessoas mais inovadoras é fundamental. Quanto mais colaborativa for esta atuação, melhor para o negócio e para as pessoas que estão envolvidas com uma empresa que busca mais vantagens competitivas no mercado”.
