Os temas inteligência artificial e indicadores de desempenho estão sendo os pontos altos da imersão de executivos organizada pelo Programa de Ligação com a Indústria (ILP, na sigla em inglês) do MIT em Boston, nos Estados Unidos, e promovida pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc). Na avaliação dos empresários, as palestras e visitas que abordam assuntos relacionados à inteligência artificial têm sido muito produtivas e têm gerado muitos insights para a adoção da IA nos seus próprios negócios.
A comitiva de 27 empresários e mais executivos e diretores da Fiesc fez uma visita ao MIT IBM AI Watson Lab, onde conheceram diversas perspectivas de uso da inteligência artificial, principalmente a IA generativa, e como a IBM está se posicionando no mercado para agregar mais valor para a indústria.
O grupo também assistiu a uma palestra com o professor Nick van der Meulen, sobre como as empresas podem usar inteligência artificial generativa para identificar quais são as lacunas em relação às competências de seus colaboradores nessa era de transformação digital e inteligência artificial.
Outro destaque da imersão, segundo os participantes, foi a palestra do professor Michael Schrage, que apresentou a ideia de que os indicadores de desempenho (KPIs, na sigla em inglês) podem se tornar agentes de inteligência artificial para que a empresa possa entregar mais valor para a sua estratégia. Ele trouxe abordagens utilizando IA generativa, para que a indústria tenha cada vez mais KPIs inteligentes e inter-relacionados, e, com isso, aumentando sua rentabilidade, lucratividade e mais entrega para a sociedade.
Inovação
A programação trouxe ainda a palestra do professor David Robertson, Inovando em Volta da Caixa, em que ele apresentou as estratégias utilizadas pela Lego para reverter períodos de quase falência. Trouxe estratégias que funcionaram e outras que não deram tão certo, mas que demonstram que é preciso pensar no negócio de forma criativa, sem medo de inovar.
A comitiva visitou ainda o MIT Media Lab, onde a diretora Mirei Rioux apresentou pesquisas na área de otimização logística com RFIDs de alta precisão na sua localização, possibilidade de comunicação com câmeras submarinas sem baterias no fundo do mar e um tour por 25 laboratórios do Media Lab, entre eles laboratórios de robótica, laboratórios de games, laboratórios de sustentabilidade em cidades.
Na palestra com o professor Steven Speer, a simplicidade foi o tema principal. Ele trouxe abordagens claras de como utilizar a simplicidade para ter estratégias vencedoras e consistentes, como a da NASA. Para enviar o homem à Lua, a NASA ficou suas energias em inovar na cápsula que levaria os astronautas ao espaço, deixando a preocupação com o foguete em segundo plano, já que já existia um foguete que já era robusto e sólido desenvolvido pela Força Aérea Americana.
Descarbonização
Outro pilar da missão, a descarbonização, foi foco de palestra com o professor Klaus Fleischer, que apresentou o programa MIT Energy Initiative, e as pesquisas relacionadas ao tema. Em sua palestra, o professor John Fernandes, apresentou estratégias e oportunidades na sustentabilidade para a indústria. O professor trouxe exemplos da área de mineração e de energias renováveis.
A comitiva ainda participou de uma sessão de autógrafos do escritor e economista Daron Acimoglu, por várias vezes indicado ao Prêmio Nobel de Economia.
A imersão no Programa de Ligação com a Indústria (ILP, na sigla em inglês) do MIT integra a missão aos EUA, que vai até o dia 14 e conta ainda com visitas a empresas, centros de pesquisa e a organizações vinculadas ao ecossistema de inovação de Boston. Participam da comitiva 27 empresários de 22 indústrias de SC, além de executivos e diretores da Fiesc.