O influencer Kleber Moraes, mais conhecido como “Klebim”, do canal “Estilo Dub”, costumava ostentar carros de luxo nas redes sociais, para 1,4 milhão de seguidores. Em um perfil, publicava diversas fotos junto a veículos que chegam a custar R$ 3 milhões.
Nesta segunda-feira (21), Kleber foi um dos quatro presos na operação “Huracán”, da Polícia Civil do Distrito Federal. As informações são do Portal G1.
Os investigadores apuram a atuação de um grupo suspeito de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os agentes apreenderam pelo menos nove carros de luxo, além de diversos outros veículos e um jet ski.
Segundo as investigações, os suspeitos faziam rifas de carros ilegalmente – já que a prática é vedada pelo governo federal – e lavavam os recursos arrecadados por meio da compra de carros, registrados em nomes de “laranjas” ou empresas de fachada.
No domingo (20), “Klebim” fez diversas postagens em uma rede social divulgando uma das rifas, que ocorreria nesta segunda, por meio de um site (veja imagem abaixo). A página, no entanto, já não estava disponível nesta manhã.
Na internet, o influenciador exibia uma vida de luxo, cercado por carros raros e de altos valores. Geralmente, as postagens ultrapassavam 100 mil curtidas.
Outros três associados e amigos de “Klebim” também foram detidos e, segundo a polícia, participavam da realização de sorteios irregulares de veículos na internet. A suspeita é que o grupo tenha movimentado R$ 20 milhões entre 2021 e este ano, de acordo com os investigadores.
A Justiça determinou a prisão temporária dos suspeitos por cinco dias. Também foram expedidos oito mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados, e o bloqueio de R$ 10 milhões de contas deles.
As apurações tiveram início após o recebimento de denúncia pela Polícia Civil. Segundo os investigadores, os veículos rifados eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e os sorteios eram anunciados em um site.
Como possuíam muitos de seguidores, os investigados pela operação vendiam facilmente as rifas, segundo a polícia.
Além disso, as apurações indicam que o grupo lavava o dinheiro obtido nos sorteios por meio da compra de carros de luxo, registrados em nomes de laranjas e empresas de fachada. Há ainda suspeita de que eles emprestavam dinheiro a criminosos que realizavam roubos e furtos.