Indústria quer 70% dos empregados com educação básica

Por: OCP News Jaraguá do Sul

18/02/2016 - 08:02 - Atualizada em: 19/02/2016 - 06:21

Jaraguá do Sul tem como meta chegar a 70% dos trabalhadores da indústria com escolaridade básica completa até 2017. A informação é do vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) para o Vale do Itapocu, Célio Bayer, e integra os objetivos regionais estipulados pelo movimento A Indústria pela Educação. A meta do município é arrojada – no Estado, o objetivo definido é de 63% – e demonstra o potencial e a importância do setor industrial para a economia local. Para o Vale do Itapocu o objetivo é alcançar um índice de 66% no período.

Um levantamento divulgado recentemente pela Fiesc mostra que 63,87% dos trabalhadores da indústria de Jaraguá do Sul possuem a educação básica completa. Barra Velha é o município com o segundo melhor índice, com 59,06% dos trabalhadores do segmento com estudo básico. Em seguida vêm Guaramirim (53,45%), Schroeder (50,36%), Massaranduba (50,23%), Corupá (50,17%) e São João do Itaperiú (46,54%).

Quando levado em conta os coladoradores de todos os setores, Jaraguá do Sul também se destaca, com 68,67% dos profissionais com educação básica.
“Em média, 39,65% dos trabalhadores [da indústria] dos municípios da Amvali não possuem educação básica completa. Isso acontece porque alguns dos municípios da região são predominantemente agrícolas, como Massaranduba e São João do Itaperiú. Mas Jaraguá do Sul, por ser um município industrial, inovador e tecnológico, precisa ter índices melhores”, acredita Bayer.

Os dados fazem parte do dossiê Situação Educacional dos Municípios Catarinenses, apresentado ontem na primeira reunião da Câmara Regional do movimento, realizada no Centro Empresarial.

Segundo a consultora de educação da Fiesc, Itamara Hack, o índice de escolaridade básica dos trabalhadores tem avançado em Santa Catarina nos últimos anos. “No ano passado, identificamos que 55% dos trabalhadores estavam escolarizados, segundo dados de 2013. Os dados de 2014 já mostram um avanço para 56%. Pode parecer pouco, mas é a prova de que está havendo uma reação”, diz ela.

Conforme a consultora, educação está estritamente relacionado ao desenvolvimento. “Um trabalhador mais qualificado tem uma melhor percepção do seu trabalho, que passa a ser realizado com mais qualidade e consciência. Quanto mais a empresa investe em educação, mais qualidade nos processos e produtos ela terá”, destaca Itamara.

Outro levantamento da Fiesc, feito com 115 indústrias participantes do movimento, indica que a falta de qualificação profissional impacta negativamente na eficiência, produtividade e qualidade dos produtos e serviços de 76,5% dos negócios.

Educação exige continuidade

De acordo com Célio Bayer, Jaraguá do Sul é hoje um exemplo em termos de associativismo em prol da educação. “Temos ações integradas entre o setor empresarial e o poder público, como o Prêmio Professor Nota Mil, que comprovam isso”, exemplifica. Tal postura tem sido, aos poucos, implantada em outros municípios da região. “Estamos lutando por essa profissionalização”, afirma Bayer. Um bom exemplo é o projeto “Eu voluntário”, lançado no final do ano passado para difundir a prática do voluntariado dentro das escolas. Outro é a lei estadual que estipula a terceira semana de abril como o Dia da Família na Escola.

A pesquisa da Fiesc indica, por exemplo, que seis dos sete municípios do Vale do Itapocu possuem taxa zero de abandono no ensino fundamental. São João do Itaperiú é a única exceção, com taxa de abandono de 2%. No ensino médio, Corupá tem o menor índice de evasão, 2%, e na sequência estão Schroeder (3%) e Jaraguá do Sul (4%).

 

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Publicação da Rede OCP de Comunicação