Indústria de SC inicia 2024 com ajuste na produção

Foto: Divulgação

Por: Pedro Leal

14/03/2024 - 15:03 - Atualizada em: 14/03/2024 - 15:15

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A indústria de transformação catarinense encerrou o primeiro mês do ano com produção em queda de 3,1% em comparação a dezembro de 2023, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. O desempenho, embora significativo, já era esperado, pois reflete um ajuste diante de fatores atípicos que impactaram os números de dezembro. O resultado ficou abaixo da produção brasileira, que apontou baixa de 1,6% em janeiro, contra o mês anterior.

Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, o desempenho negativo da produção industrial em janeiro não representa uma reversão da tendência de recuperação da indústria. “Os dados de janeiro mostram um ajuste na produção, especialmente em dois segmentos relevantes para a economia de SC, o de confecções e o de produtos de metal. Ambos subiram expressivamente e de maneira atípica em dezembro e agora estamos observando uma correção desse movimento”, destaca.

O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, explica que o desempenho da indústria catarinense, quando desconsiderados os fatores sazonais, está mostrando uma recuperação lenta, que acompanha a trajetória da taxa de juros. “Podemos ver um movimento de recuperação das indústrias de bens de consumo duráveis e de bens de capital, motivado em parte pela queda dos juros”, explica.

Na comparação com janeiro de 2023, a produção industrial do estado cresceu 6,3% no primeiro mês do ano. Dos 14 setores analisados pelo IBGE em SC, apenas 3 ainda apresentam nível de produção inferior ao mesmo período do ano passado: confecção e artigos de vestuário (12%), fabricação de móveis (3%) e papel e celulose (1,2%).

As maiores altas na comparação entre janeiro de 2024 e janeiro de 2023 foram dos setores de máquinas e equipamentos (28,5%), máquinas e materiais elétricos (19,8%) e produtos de borracha e plástico (18,1%). Esses números podem ser explicados pelo nível de consumo das famílias.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).