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Inadimplência recua para 21,7% em Santa Catarina, aponta Fecomércio

Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Por: Pedro Leal

14/03/2025 - 16:03 - Atualizada em: 14/03/2025 - 16:30

A inadimplência voltou a recuar em Santa Catarina no mês de fevereiro. O percentual de famílias com dívidas em atraso caiu para 21,7%, segundo dados compilados pela Fecomércio SC. A taxa representa uma queda de 0,4 ponto percentual na comparação com o mês anterior.

Em comparação com fevereiro de 2024, a diminuição é ainda mais significativa: 1,7 pontos percentuais. Atualmente, Santa Catarina possui a sétima menor taxa de inadimplentes do Brasil. A média nacional está em 28,6%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O presidente da Fecomércio, Hélio Dagnoni, destaca que os catarinenses são historicamente conhecidos como bons pagadores, e o percentual indica também uma melhora momentânea no ambiente econômico.

“Sempre é necessário comemorar uma queda na inadimplência. Precisamos avaliar como esse índice irá se comportar nos próximos meses, pois o cenário macroeconômico é desafiador, com juros e inflação em viés de alta”, diz Dagnoni.

Endividamento também recua

Pelo segundo mês, o nível de endividamento em Santa Catarina apresentou queda, passando de 72,7% em janeiro para 71,2% em fevereiro, uma redução de 1,5 p.p. Atualmente, cerca de 40% dos catarinenses consideram-se pouco endividados.

” Esse movimento pode estar relacionado ao aumento dos juros e da inflação, que desestimula a tomada de crédito. O endividamento no estado é o nono menor do país e ficou abaixo da média brasileira de 76,4%”, ressalta Edilene Cavalcanti, economista da Fecomércio.

Outro dado positivo foi a redução da proporção de famílias que não têm condições de pagar as dívidas em atraso. Esse indicador caiu de 7% em janeiro para 6,7% em fevereiro de 2025, uma queda de 0,3 ponto percentual. Em relação a fevereiro do ano passado, a redução foi de 3,1 pontos percentuais, sugerindo que muitas famílias estão conseguindo melhorar sua capacidade de pagamento, seja pela renegociação de dívidas ou pela expectativa de melhora econômica.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).