IDH do Brasil sobe, mas posição no ranking cai

Foto Agência Brasil

Por: Pedro Leal

09/12/2019 - 10:12 - Atualizada em: 09/12/2019 - 10:40

O Brasil ficou na 79ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta segunda-feira (9) – na edição anterior do relatório, o país ocupava a 78ª posição, agora ocupada por Granada.

O índice vai de 0 a 1 – quanto maior, mais desenvolvido o país – e é medido anualmente, com base em indicadores de saúde, educação e renda. Neste ano, o Brasil alcançou o IDH de 0,761, com uma pequena melhora de 0,001 em relação ao ano passado.

Na classificação da ONU, o Brasil segue no grupo dos que têm alto desenvolvimento humano. A escala classifica os países analisados com IDH muito alto, alto, médio e baixo.

Com 150 países, o programa avaliou também o IDH ajustado às desigualdades. Nesta avaliação, Brasil ficou com o índice 0,574, em 102º.

Dentre os países da América do Sul, o país registrou a segunda maior queda no IDH devido ao ajuste pela desigualdade, superado apenas pelo Paraguai – que passou da posição 98, com 0,724, para a posição 112, com 0,545.

No relatório, a ONU defendeu não apenas o combate à desigualdade de renda, como também a desigualdade de acesso à tecnologia e de formação, que pode ter efeito nas próximas gerações.

O levantamento leva em conta três indicadores para medir a distribuição de renda: participação na renda dos 40% mais pobres, participação na renda dos 10% mais ricos e participação na renda dos 1% mais ricos.

Quase um terço de todas as riquezas do Brasil está concentrado nas mãos dos 1% mais ricos. É a segunda maior concentração de renda do mundo, ficando atrás apenas do Catar – uma monarquia absolutista.

Desigualdade de gênero

O relatório também avalia as desigualdades entre homens e mulheres, medidas no Índice de Desenvolvimento de Gênero, com os mesmos indicadores do IDH com separação por sexo em 166 países.

Segundo o relatório, as brasileiras estão em melhores condições de saúde e educação que os homens, mas ficam abaixo quando o assunto é renda bruta.

No Brasil, as mulheres têm mais anos esperados de escolaridade (15,8 frente a 15 dos homens) e maior média de anos de estudo (8,1 anos contra 7,6 nos homens).

Porém, quando se trata de renda, a nacional bruta per capita da mulher é 41,5% menor que a do homem. Em dólares, este valor equivale a US$ 10.432 contra US$ 17.827 para os homens.

O índice é medido desde 2014 e avalia as desigualdades de gênero em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: saúde, educação e renda com separação de sexo. No caso brasileiro, o IDH dos homens foi de 0,761 e o das mulheres de 0,757.

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