A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou nesta quarta, dia 14, no primeiro dia do Startup Summit que ocorre em Florianópolis, sua frente de inovação aberta da educação Sesi e Senai, a NAV. A iniciativa visa desenvolver tecnologias no âmbito da educação e apoiar empresas do setor, as chamadas edtechs.
O lançamento ocorreu no estande do SENAI, que destaca o LAB 365, seu espaço focado em desenvolvimento profissional e aceleração de carreiras na área da tecnologia. Juliana Gavini, coordenadora da NAV, explica que a iniciativa é “uma comunidade que promove a conexão de diversos atores em espaços que estimulam a integração e o sucesso de parcerias estratégicas”.
O fomento ocorre por meio de editais de inovação. Há inclusive uma chamada aberta na categoria aliança educacional que vai selecionar 16 projetos de todo o país e realizar o aporte de R$ 250 mil para acelerar negócios voltados às tecnologias educacionais. Saiba mais. “As iniciativas podem ser voltadas tanto para a educação básica, quanto para a educação profissional e superior”, esclarece Juliana.
Senai e Amazon Web Services vão apoiar edtechs
Em linha com a proposta da NAV, o Senai e a Amazon Web Services (AWS) assinaram nesta terça-feira, dia 13, em Brasília um Acordo de Cooperação para fomentar e acelerar startups de educação de todo o Brasil. Com a parceria, as instituições esperam contribuir para o desenvolvimento de soluções educacionais inovadoras.
Desde sua criação, em 2013, mais de 280 mil startups de todo o mundo já receberam 6 bilhões de dólares em créditos pelo programa AWS Activate.
O SENAI, por sua vez, vai oferecer mentoria, apoio ao desenvolvimento de planos de negócios, espaço físico em todo o Brasil e o selo “edtech apoiada pelo SENAI”.
Salas de aula do Senai têm tecnologias inovadoras
Entre os recursos utilizados pelo LAB 365 em destaque no Startup Summit estão realidade virtual, realidade aumentada e realidade mista para otimizar as soluções.
Amanda Paul Dull é professora de xadrez em um projeto da prefeitura municipal de Florianópolis. “Consigo visualizar aplicações da realidade virtual aumentada inclusive para os jogos de xadrez. Seria revolucionário”, comenta animada ao conhecer o recurso que é utilizado nas salas de aula do SENAI. Ela também está participando do Floripa Mais Tec, programa da prefeitura em parceria com o SENAI, Sebrae e ACATE para formação de profissionais para o setor de tecnologia da informação.
Yasmin Nicolodi, de 15 anos, acredita que o uso da RVA é sim vantajoso para o ensino, permitindo interagir com outros ambientes de forma segura. Ela cursa o ensino médio concomitante com o curso técnico de eletrônica no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). “Quero fazer engenharia aeroespacial, por isso tenho me dedicado a temas relacionados”, revela a jovem.
O estande do Senai terá, nos três dias do evento, 15 palestras sobre temas como inteligência artificial, trabalho remoto, educação tecnológica, comunidades de tecnologia e caminhos para o sucesso de micro e pequenas empresas.