Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Homem mais rico do país, Joseph Safra morre aos 82 anos

Foto de arquivo de maio de 2014 mostra Vicky e Joseph Safra no Teatro Municipal de São Paulo durante a pré-estreia da ópera Carmen. O evento foi realizado em Prol da Congregação Israelita Paulista — Foto: Silvana Garzaro/Estadão Conteúdo

Foto de arquivo de maio de 2014 mostra Vicky e Joseph Safra no Teatro Municipal de São Paulo durante a pré-estreia da ópera Carmen. O evento foi realizado em Prol da Congregação Israelita Paulista — Foto: Silvana Garzaro/Estadão Conteúdo

Por: Pedro Leal

10/12/2020 - 14:12

Considerado o homem mais rico do país, o banqueiro Joseph Safra, dono do Banco Safra, faleceu nesta quinta-feira, aos 82 anos, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Banco Safra.

“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento, nesta data, do Sr. Joseph Safra, aos 82 anos, de causas naturais”, diz o texto.

Segundo o último ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes Brasil, o empresário libanês naturalizado brasileiro tinha uma fortuna estimada de R$ 119 bilhões.

Nascido no Líbano em 1938, Safra imigrou para o Brasil na década de 60 para assumir os negócios de seu pai, Jacob fundador do Banco.

Em 1969, casou-se com Vicky Sarfaty, com quem teve quatro filhos e 14 netos.

Joseph, seu pai Jacob e seus irmãos Edmond e Moise conduziram os interesses da instituição por muitos anos. Após a morte de Edmond, em 1999, Joseph e Moise mantiveram o controle do banco até 2006, quando Joseph adquiriu a parte de Moise, numa transação estimada em dois bilhões de dólares.

Diversificação nos negócios

Ao longo dos anos, Joseph diversificou seus negócios em diversos campos, com destaque para o mercado de Private Equity em empresas como a Aracruz Celulose SA, da qual foi sócio entre 1988 e 2009. Também esteve à frente das empresas de telefonia móvel BCP e Cellcom (israelense).

Em 2012 deixou a gestão do Banco Safra, passado o controle do grupo aos filhos Alberto, David e Jacob, dedicando-se ao recém adquirido banco suíço Sarasin.

Para tanto, fundou a holding Bank J. Safra Sarasin Ltd. Apesar do poder econômico, Joseph dizia gostar de viver uma vida simples e reservada, longe da imprensa e exposição geral.

Buscou manter o nome da família Safra ligado à filantropia, com contribuições e esforços voltados para as áreas de assistência social, educação e saúde, não apenas no Brasil mas no exterior também.

Febraban lamenta a morte

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lamentou a morte.

“É com muito pesar que recebemos a perda de Joseph Safra. Figura emblemática do setor bancário no país, descendente de banqueiros e com visão estratégica sobre o país, Joseph Safra foi também um exemplo como empresário e filantropo. Sua contribuição para escolas, museus e instituições, não só no Brasil, quanto em outros países, é marcante. O legado de sua atuação no desenvolvimento da economia nacional ficará sempre marcado na história do Brasil, país que ele adotou 58 anos atrás.”

 

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram Jaraguá do Sul

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).