Considerado o homem mais rico do país, o banqueiro Joseph Safra, dono do Banco Safra, faleceu nesta quinta-feira, aos 82 anos, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Banco Safra.
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento, nesta data, do Sr. Joseph Safra, aos 82 anos, de causas naturais”, diz o texto.
Segundo o último ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes Brasil, o empresário libanês naturalizado brasileiro tinha uma fortuna estimada de R$ 119 bilhões.
Nascido no Líbano em 1938, Safra imigrou para o Brasil na década de 60 para assumir os negócios de seu pai, Jacob fundador do Banco.
Em 1969, casou-se com Vicky Sarfaty, com quem teve quatro filhos e 14 netos.
Joseph, seu pai Jacob e seus irmãos Edmond e Moise conduziram os interesses da instituição por muitos anos. Após a morte de Edmond, em 1999, Joseph e Moise mantiveram o controle do banco até 2006, quando Joseph adquiriu a parte de Moise, numa transação estimada em dois bilhões de dólares.
Diversificação nos negócios
Ao longo dos anos, Joseph diversificou seus negócios em diversos campos, com destaque para o mercado de Private Equity em empresas como a Aracruz Celulose SA, da qual foi sócio entre 1988 e 2009. Também esteve à frente das empresas de telefonia móvel BCP e Cellcom (israelense).
Em 2012 deixou a gestão do Banco Safra, passado o controle do grupo aos filhos Alberto, David e Jacob, dedicando-se ao recém adquirido banco suíço Sarasin.
Para tanto, fundou a holding Bank J. Safra Sarasin Ltd. Apesar do poder econômico, Joseph dizia gostar de viver uma vida simples e reservada, longe da imprensa e exposição geral.
Buscou manter o nome da família Safra ligado à filantropia, com contribuições e esforços voltados para as áreas de assistência social, educação e saúde, não apenas no Brasil mas no exterior também.
Febraban lamenta a morte
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lamentou a morte.
“É com muito pesar que recebemos a perda de Joseph Safra. Figura emblemática do setor bancário no país, descendente de banqueiros e com visão estratégica sobre o país, Joseph Safra foi também um exemplo como empresário e filantropo. Sua contribuição para escolas, museus e instituições, não só no Brasil, quanto em outros países, é marcante. O legado de sua atuação no desenvolvimento da economia nacional ficará sempre marcado na história do Brasil, país que ele adotou 58 anos atrás.”
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