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Gripe aviária: China suspende 51 frigoríficos no Brasil; 14 em SC

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Por: Ewaldo Willerding Neto

19/05/2025 - 08:05 - Atualizada em: 19/05/2025 - 08:56

A confirmação de um caso de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul fez a China suspender a habilitação de 51 frigoríficos de produtos avícolas do Brasil. Na região Sul, a lista traz 21 frigoríficos do Paraná, maior exportador de frango do Brasil, 14 de Santa Catarina e oito do Rio Grande do Sul.

A lista consta na plataforma de registro de fabricantes estrangeiros de alimentos importados da GACC (Administração Geral de Alfândegas da China), consultada pelo Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. De acordo com a plataforma da GACC, a suspensão está válida desde o sábado (17).

Os frigoríficos catarinenses suspensos estão localizados nas cidades de Concórdia, Nova Veneza, Quilombo, Forquilhinha, Maravilha, São José, Seara, Itapiranga, Xaxim, Videira, Itajaí, Guatambú e Chapecó.

A suspensão temporária dos embarques está prevista no protocolo sanitário acordado entre Brasil e China. O acordo determina que, em caso de enfermidade de notificações obrigatórias, como a gripe aviária, haja suspensão imediata das certificações das exportações pelo país.

Governador aciona embaixada

Durante a missão oficial a Washington, EUA, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, apresentou à embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, sua preocupação com os reflexos do foco de influenza aviária sobre as exportações nacionais de proteína animal — especialmente de aves. O registro do caso levou vários países a suspender temporariamente as compras do produto brasileiro.

O governador ressaltou que, embora o fato não tenha ocorrido em Santa Catarina — que mantém um dos sistemas de defesa sanitária mais rigorosos do mundo —, o embargo a todo o território brasileiro afeta diretamente a economia catarinense.

“A China já interrompeu as importações em nível nacional, o que coloca em risco milhares de empregos gerados por essa cadeia produtiva”, alertou Jorginho Mello. Ele pediu à embaixadora que intensifique o diálogo com o governo norte-americano e outros parceiros estratégicos para evitar que a crise se estenda a novos mercados.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.