O governo Lula estaria buscando um empréstimo de R$ 20 bilhões do Banco do Brasil, da Caixa e de instituições privadas para salvar a estatal dos Correios, que registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões entre abril e junho deste ano.
As informações são do Estadão e da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a operação deve ter garantias da União e estar condicionada a medidas para sanear a gestão da estatal.
Os recursos seriam destinados a viabilizar medidas como como um programa de demissões voluntárias e o cumprimento de dívidas junto a fornecedores, além de investimentos com vistas ao ganho de eficiência.
A administração da estatal foi assumida em setembro por Emmanoel Schmidt Rondon, um funcionário de carreira do Banco do Brasil, no lugar de Fabiano da Silva; da Silva criticou medidas como como a chamada “taxa das blusinhas”, que fechou o cerco contra a importação de produtos de pequenos valores sem pagamento de tributos.
Segundo o Estadão, a crise financeira dos Correios resultou em cobranças na Justiça de pagamentos em atraso para fornecedores. Além disso, a estatal tem compromissos já assumidos com bancos privados, entre os quais o BTG Pactual, um dos possíveis credores nesse novo socorro articulado pelo Palácio do Planalto.
A estatal de logística tem apresentando prejuízos crescentes desde 2022, quando fechou o ano em déficit de R$ 767 milhões. No ano passado, o prejuízo acumulado do ano foi de R$ 2,59 bilhões.