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Gilberto Ronchi assume a Associação Empresarial de Guaramirim com intenção de planejamento a longo prazo

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

05/04/2019 - 09:04 - Atualizada em: 05/04/2019 - 09:07

Na próxima quinta-feira (11), o empresário Gilberto Ronchi, presidente da cooperativa de crédito Crevisc, assume a presidência da Associação Empresarial de Guaramirim (Aciag), sucedendo José Altair Weber na função. Ronchi foi um dos 44 empresários responsáveis pela formação da cooperativa Crevisc há 15 anos, além de presidir seu próprio escritório de contabilidade.

Ronchi foi eleito para representar o empresariado de Guaramirim em março deste ano, com a missão de promover o desenvolvimento econômico e sustentável do município, buscando a integração entre classe empresarial e poder público.

A expectativa é dar continuidade ao trabalho já desenvolvido nas gestões anteriores, fomentar o empreendedorismo e o ambiente de negócios dos associados e buscar soluções que vão ao encontro das reivindicações dos empresários, como por exemplo, reduzir a burocracia.

Para o empresário, a entidade há de manter as bandeiras tocadas historicamente pela entidade. “Atualmente uma das principais reivindicações são as obras da BR-280 e da SC-108, que precisamos que sejam resolvidas com urgência, já ouvimos o governo do Estado e sabemos que tem questões de verba, mas precisamos de agilidade”, diz.

Outra questão  de prioridade para o empresário é viabilizar as operações do Cedup, para oferecer cursos para a comunidade e qualificar a mão de obra – o espaço já deveria ter entrado em operação há dois anos, mas ainda segue sem previsão de entrar em operação. Tanto a Prefeitura quanto a Aciag pleiteiam que o espaço passe a ser operado pelo IFC (Instituto Federal Catarinense) ou pelo IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), com cursos profissionalizantes.

Ronchi também deve dar continuidade aos trabalhos junto ao poder público, como o loteamento industrial, para garantir a entrada e permanência de novas empresas. “Estamos trabalhando no sentido de aproximação com a Prefeitura Municipal e de desenvolver uma estratégia para uma lei de incentivos para trazer novas empresas para desenvolver a economia da região”, adiciona.

Outra demanda está relacionada aos associados, com cursos e capacitações tanto para os empresários – através de programas de pós-graduação, elaborados em parceria com instituições de ensino – quanto para os funcionários.

Problema local é infraestrutura

Os desafios de Guaramirim não são muito diferentes dos encarados pelo resto do país, afirma o empresário: burocracia, tributação e custos elevados. “Nossos maiores desafios específicos são com a infraestrutura, com as rodovias BR-280 e SC-108, que travam o deslocamento das mercadorias. No restante passamos pelas mesmas dificuldades que o resto do país”, comenta.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Outra questão menos urgente é o fornecimento de energia. A entidade tem pleiteado junto à Celesc uma nova subestação de energia. “Segundo a Celesc, a oferta atual é suficiente para a demanda e precisaríamos aumentar a demanda antes que houvesse necessidade para uma nova subestação, mas temos um pouco de preocupação de que venha a formar um gargalo de força”, explica.

Norte para o desenvolvimento

O empresário adiciona que a entidade tem visão de longo prazo para o município – não de olho na Guaramirim de 2020, mas para a Guaramirim de 2040, 2050. “Estamos desenvolvendo um plano mestre para o desenvolvimento econômico sustentável do município, um Masterplan para garantir um novo norte para Guaramirim no futuro”, diz.

Segundo Ronchi, como a cidade fica entre três grandes polos – Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul – existem oportunidades para o desenvolvimento da economia de Guaramirim, mas estas dependem de resolver as questões estruturais das rodovias que se ligam ao município.

O momento é de planejamento, recuperação e grandes expectativas. “Passamos por anos difíceis e com as eleições federais, veio uma perspectiva de que a situação fosse caminhar para uma direção bem diferente, mas esta mudança ainda está para acontecer. Estamos em um momento melhor que estávamos, mas ainda temos muito a fazer”, acredita.

“A reforma da previdência deve resolver muitos desses problemas, assim como outras reformas e propostas atendendo os anseios do empresariado”, conclui.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).