Falta de infraestrutura atrasa o desenvolvimento do estado, diz Fiesc

Por: Pedro Leal

17/11/2020 - 12:11

Em reunião virtual do Conselho Estratégico da Indústria Catarinense, da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), nesta segunda-feira (16), o presidente Mario Cezar de Aguiar e diretores da entidade apresentaram aos conselheiros o programa de investimentos da instituição, especialmente em educação, as principais ações no combate ao coronavírus, o Programa Travessia, questões jurídicas que afetam a indústria e a preocupação com a falta de investimentos em infraestrutura e com o suprimento de gás.

O conselho é formado por lideranças empresariais do estado e tem a participação dos ex-presidentes da Acijs Décio da Silva (WEG), Vicente Donini (Marisol) e Monica Hufenüssler Conrads (Duas Rodas).

“Santa Catarina é um hub logístico importante. Movimentamos em torno de 20% dos contêineres de todo o Brasil, mas há uma falta de projetos que pode prejudicar o andamento da economia. Então, reforço a necessidade de trabalharmos em conjunto, cobrando mais investimentos para o estado, para que possamos ter uma infraestrutura que permita que Santa Catarina realmente seja competitiva”, afirmou Aguiar.

Ele destacou ainda que o estado é o segundo mais competitivo do Brasil, de acordo com ranking do CLP, mas se tivesse uma infraestrutura mais adequada, certamente, seria o primeiro colocado.

“Hoje estamos atrás de São Paulo exatamente porque temos uma deficiência na área de transporte”, completou.

No campo da educação, o diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira, apresentou o programa de investimentos da Fiesc na área.

“Nossa agenda central é o fortalecimento e a modernização da educação profissional. Foi para isso que o SENAI foi criado e é para isso que somos mantidos pela indústria”, afirmou, observando que a entidade está aumentando a sua escala para atender a demanda por profissionais para o setor.

Entre as iniciativas que ele destaca estão a construção junto com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de uma dupla certificação, que vai permitir que o aluno tenha um certificado de um curso técnico nacional e um alemão. Há projeto-piloto já sendo executado em parceria com a indústria.

Também foram destacadas outras ações, como a educação digital imersiva e híbrida, parcerias estratégicas com a Oracle, IBM, Audaces e tecnologias habilitadoras da indústria 4.0.

Outro assunto debatido foi o Programa Travessia, iniciativa da FIESC para auxiliar Santa Catarina a vencer a crise provocada pela pandemia. Ele atua em quatro frentes: reinvenção da indústria e da economia, investimento em infraestrutura, atração de capital e pacto institucional.

“A pandemia trouxe a aceleração das mudanças. Estamos buscando preparar o estado para reagir a essas mudanças”, disse o diretor de inovação e competitividade da entidade, José Eduardo Fiates, que apresentou as principais ações de curto, médio e longo prazos previstas no Programa, que engloba a elaboração de planos de desenvolvimento regional e setorial, agenda de investimentos, reforma de modernização do Estado, entre outros.

 

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