Desde o final de setembro, empresários do estado passam a contar com um novo aliado para prospectar negócios no mercado global, com a criação do Conselho de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).
“É um instrumento que vem para auxiliar o empresário, inserindo-o no âmbito do comércio exterior”, explica o diretor de Relações Internacionais da Facisc, Evaldo Niehues.
Atualmente, a entidade conta com mais de 320 empresas conectadas a 15 Núcleos de Comércio Exterior espalhados pelo estado. A ideia do conselho é reunir esforços dos núcleos, da federação e de outras entidades, além de órgãos públicos e privados, para atender demandas que chegavam à federação por meio das associações empresariais.
Este movimento faz parte do Programa Empreender, que estimula, por meio de Núcleos Empresariais (entre eles, os de Comércio Exterior), a realização de ações com foco na melhoria do desempenho e da competitividade empresarial.
A coordenadora do programa, Mariane Bergmann, explica que o ambiente de negócios catarinense é propício para a internacionalização. O estado, por exemplo, tem localização estratégica, com dois dos cinco maiores portos brasileiros, além de 21 aeroportos, sendo dois internacionais e um deles eleito o melhor do país.
“Ainda assim, temos uma série de defasagens que precisam ser tratadas com vigor. Por isso mesmo, essa iniciativa é fantástica”, explica o diretor Setorial da Facisc, Lito Guimarães.
Mario Eugênio Crivellaro, vice-líder do Núcleo de Negócios Internacionais da ACIJS, destaca a importância da criação do Conselho. “É uma iniciativa fundamental para colocar Santa Catarina em outro patamar no âmbito do comércio internacional”, reforça, salientando a necessidade de os núcleos empresariais ligados ao setor atuarem em rede e de forma articulada. “O Conselho Estadual pode fortalecer este relacionamento, uma vez que passamos a estar conectados em toda a extensão do território catarinense por meio da representatividade da Facisc”. Outro aspecto, que salienta, é o amadurecimento do setor de comércio internacional, suprindo carências que individualmente os núcleos possam ter mas que, pensando de forma conjunta, podem trazer melhores resultados.
Para o secretário executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, que participou do evento de apresentação do CONCENI, a atitude da Faciscé louvável na medida em que, segundo ele, “mobiliza os atores de comércio exterior de Santa Catarina, com foco principalmente em pequenas e microempresas, para montar um conselho estadual de comércio exterior contando com a parceria do Estado, da união, de portos, logística e infraestrutura”. A montagem de um programa específico e a formação de núcleos no Estado, entende Paulo Bornhausen, reforçam a vocação exportadora e de importação de bens que são importantes para a indústria catarinense.
Participaram da assembleia da constituição do conselho representantes da Facisc, da UFSC, do Ministério da Agricultura, dos portos de Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul, do Sebrae, do Governo do Estado e da Receita Federal do Brasil.