As exportações de Santa Catarina cresceram 5% entre janeiro e setembro, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 6. O percentual representa o salto de US$ 8,5 bilhões nos primeiros nove meses de 2024 para US$ 9 bilhões no mesmo período de 2025. Além disso, o faturamento deste ano é o segundo maior da série histórica e reforça a pujança da economia catarinense.
Os produtos do agronegócio seguem liderando a pauta exportadora catarinense. A carne suína (US$ 1,29 bilhão), carne de aves (US$ 1,29 bilhão) e a soja (US$ 447 milhões) são os principais itens de exportação de Santa Catarina em 2025. Na sequência aparecem motores elétricos (US$ 416 milhões), peças para motores (US$ 276 milhões), bem como madeira cortada (US$ 270 milhões).

Fonte: MDIC
“Santa Catarina é uma potência que exporta para mais de 200 destinos pelo mundo. Isso é fruto de um povo trabalhador, empreendedor, que produz com capricho e excelência. Por isso que a nossa produção é muito competitiva em mercados internacionais. O Governo do Estado faz o dever de casa apoiando o investimento produtivo, qualificando os portos e aeroportos e desburocratizando a economia”, destacou o governador Jorginho Mello.
Jaraguá do Sul tem movimentação bilionária
Em Jaraguá do Sul, o mês de setembro registrou um total de US$ 76,7 milhões em exportações, resultado 12,8% inferior ao registrado no mesmo mês de 2024, e US$ 45,5 milhões em importações, queda de 13,1%. Com isto, o mês fechou com uma corrente comercial de US$ 122,3 milhões – 13,1% menor do que a do mesmo mês do ano passado – e uma balança comercial superavitária em US$ 31,2 milhões.
No acumulado do ano, foram US$ 699,7 milhões em exportações, queda de 9,5% em comparação com o ano passado, e US$ 462,9 milhões em importações, uma alta de 1,6%. O município movimentou de janeiro a setembro US$ 1,2 bilhão em mercadorias, e um saldo de US$ 236,8 milhões.
Mesmo com o tarifaço, os EUA seguem como o principal destino das mercadorias jaraguaenses, respondendo por 26,1% das exportações no ano (US$ 182,3 milhões), montante que teve uma queda de 8,9%. A Alemanha aparece como segundo maior destino (7% das exportações, em US$ 49 milhões), seguida pela Argentina (6% das exportações, US$ 41,8 milhões).
O principal produto exportado segue sendo motores e geradores elétricos, que sozinhos respondem por mais de dois terços das exportações – eles respondem por 67,7% de todas as exportações no ano, em uma movimentação que soma US$ 473,6 milhões, total 13% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo melhor resultado para setembro
Os dados de exportações mostram que em setembro Santa Catarina registrou o segundo melhor resultado da série histórica para o mês, com faturamento de US$ 1,05 bilhão. O desempenho só ficou atrás de setembro de 2024, quando o estado faturou US$ 1,07 bilhão. Ou seja, houve recuo de 1,2% na comparação anual.
“A produção de Santa Catarina é muito diversificada e ingressa nos mercados mais exigentes do mundo. O estado tem vocação para exportar, principalmente produtos com maior valor agregado. Essa condição é fundamental para colocar Santa Catarina como o estado com a menor taxa de desemprego e o maior crescimento econômico do país”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck.
No mês, as exportações de Santa Catarina registram recuo nos envios para EUA (-54%) e China (-1%), que são os principais compradores do estado. No entanto, o faturamento cresceu forte para países importantes como Chile (+49,6%), Filipinas (+42,8%) e Paraguai (+25,6%). Outros destinos relevantes também aumentaram as compras dos produtos catarinenses. É o caso de Japão (+12%), Arábia Saudita (+7,7%), México (+6,7%) e Argentina (+6,2%).
Ou seja, o crescimento das exportações para diversos países garantiu o resultado acima da média histórica para o mês de setembro.